As radiculopatias, caracterizadas por compressão ou irritação das raízes nervosas espinhais, representam uma causa significativa de dor e incapacidade funcional em populações de diferentes faixas etárias. Tradicionalmente, o manejo dessas condições baseava-se em intervenções conservadoras, como fisioterapia, analgesia e infiltrações, ou cirurgias invasivas nos casos refratários. No entanto, os avanços tecnológicos na medicina têm possibilitado o desenvolvimento de técnicas minimamente invasivas, que combinam eficácia no alívio dos sintomas com menor morbidade e tempo de recuperação reduzido. Este trabalho consiste em uma revisão narrativa da literatura, cujo objetivo foi identificar os principais avanços nas técnicas minimamente invasivas utilizadas no tratamento de radiculopatias, bem como avaliar sua eficácia clínica e impacto na qualidade de vida dos pacientes. Foram analisados artigos publicados nas últimas duas décadas em bases de dados como PubMed e Scopus, abrangendo estudos randomizados, séries de casos e meta-análises. Os resultados evidenciaram que procedimentos como nucleoplastia percutânea, laser intradiscal, ablação por radiofrequência e infiltrações guiadas por imagem têm se mostrado promissores no manejo das radiculopatias. Estas técnicas demonstraram eficácia significativa no alívio da dor, melhora funcional e redução da necessidade de cirurgias convencionais, especialmente em casos de hérnias discais ou estenoses foraminais moderadas. Conclui-se que as técnicas minimamente invasivas constituem uma alternativa valiosa no tratamento de radiculopatias, especialmente para pacientes que não respondem a abordagens conservadoras. Contudo, a seleção adequada dos pacientes e o aperfeiçoamento contínuo das tecnologias são fundamentais para maximizar os benefícios terapêuticos e garantir a segurança dessas intervenções.