AbstractThe control of temperature and flow in regenerators used in blast furnaces is a subject of great interest since its correct operation ensures the quality of the products generated in the blast furnace and minimizes energy costs. A pilot regenerator proposed in the literature has been redesigned with new instruments to correct undesirable behaviors observed in its operation, different from that of the real system it should emulate. New models were obtained, controllers were designed and with the new mass flow sensor installed, temperature control and flow presented good performance, even facing exchange of the regenerators that cause major disturbances.Keywords Modeling, blast furnace, process control, sensors and instrumentation.Resumo O controle de temperatura e vazão em regeneradores usados em altos-fornos é um assunto de grande interesse, pois sua correta operação garante a qualidade dos produtos gerados no alto-forno além de minimizar os custos com energia. Um piloto de regenerador proposto na literatura foi reprojetado e reinstrumentado de forma a corrigir comportamentos indesejáveis observados em sua operação, que diferiam do sistema real que deve emular. Novos modelos foram obtidos, controladores foram projetados, e com o novo sensor de vazão mássica instalado o controle de temperatura e vazão mostrou bom desempenho, mesmo face a trocas de regeneradores que causam grandes distúrbios.Palavras-chave Modelagem, alto-forno, controle de processos, sensores e instrumentação.
IntroduçãoUma das matérias primas mais importantes utilizadas na produção do aço, presente em carros geladeiras, pontes, estruturas metálicas e em muitos outros itens, é o ferro gusa. O ferro gusa é produzido em um processo de oxirredução conduzido dentro de um equipamento chamado de alto-forno, onde alguns dos parâmetros mais importantes em sua produção são a temperatura e a vazão do ar quente insuflado através das ventaneiras dentro do corpo do forno, responsá-veis diretos pela qualidade do subproduto gerado. O processo de redução das matérias primas carregadas no forno a ferro gusa envolve temperaturas extremamente altas (superiores a 1000 o C) o que torna a condução de experimentos aplicados diretamente às instalações do processo, como feito em Jinsheng et al. (2008) e Choi et al. (2006), algo muito perigoso e potencialmente custoso, favorecendo assim o uso de um piloto que consiga, dentro de condições adequadas, o estudo de técnicas que possam ser posteriormente utilizadas no processo original.O equipamento responsável pela geração do ar quente no processo de fabricação de gusa é o regenerador. Uma torre cilíndrica revestida internamente de tijolos refratários com o objetivo de manter o calor gerado através da queima de gases, feita na câmara de mistura, e posteriormente conduzida por entre os refratários de suas paredes. Um alto-forno, dependendo de seu volume e geometria do regenerador, pode apresentar três ou quatro regenerados, os quais trabalham sempre alternando entre ciclos absorção de calor (aquecimento) e fornecime...