Resumo Considerando a seção temática do Bolema, em comemoração dos 40 anos do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Unesp de Rio Claro (SP) este artigo tem como objetivo compreender o movimento de práxis na constituição de uma concepção de Modelagem de uma egressa desse Programa, ao longo de sua trajetória acadêmica. De cunho teórico e pautado no paradigma qualitativo, este ensaio aborda como a práxis, assim como outros conceitos do legado de Paulo Freire, fizeram parte de um caminhar de pesquisas, orientações e práticas, contribuindo para que uma concepção de Modelagem fosse ressignificada a partir de articulações entre teoria e prática, ação e reflexão, objetividade e subjetividade. Ao descrever e problematizar tais modificações, é denunciada uma realidade opressora nas escolas de Educação Básica, que visa a castração da curiosidade e a padronização da educação, em busca de índices favorecedores da manutenção do status quo, identificáveis em situações-limite, para anunciar, de forma esperançada, possibilidades do trabalho com a Modelagem, os inéditos viáveis, a partir da articulação dela com os materiais didáticos existentes e de uso veladamente obrigatório nessas escolas. E essa esperança, caracterizada pela ação, se faz na práxis.