Modelo do estudo: Estudo de coorte. Objetivo: Analisar as reações adversas ocorridas em pacientes brasileiros com câncer colorretal submetidos ao tratamento quimioterápico com dois protocolos distintos, visando identificar os tipos e a severidade das alterações mais frequentes. Método: Foram avaliados 63 pacientes, que iniciaram tratamento entre junho de 2014 a maio de 2015 em uma instituição do Rio de Janeiro, subdivididos em dois grupos: protocolo mFOLFOX6 (esquema contendo oxaliplatina 85mg/m2, ácido folínico 400mg/m2 e 5-fluorouracil em infusão em bolus 400mg/m2 e contínua 2.400mg/ m2, n= 40) e protocolo FOLFIRI (esquema contendo irinotecano 180mg/m2, ácido folínico 400mg/m2 e 5-fluorouracil em infusão em bolus 400mg/m2 e contínua 2.400mg/m2, n= 23). Foram coletados do prontuário dados relacionados ao perfil demográfico e clínico dos pacientes, além de informações do tratamento realizado e das toxicidades manifestadas. As toxicidades foram classificadas quanto à gravidade (graus 1, 2, 3 e 4) e causalidade (definida, provável, possível e duvidosa). Resultados: Foi observada alta frequência de toxicidades em ambos os grupos, atingindo 92,5% dos pacientes com protocolo mFOLFOX6 e 95,6% com protocolo FOLFIRI. As toxicidades gastrointestinais e neurológicas foram as mais frequentes, independente do grupo. Ao comparar a ocorrência das reações intergrupos, houve diferença apenas para as toxicidades gastrointestinais (p=0,035). Em 17,5% dos pacientes do grupo mFOLFOX6 (n= 7) e em 8,7% do grupo FOLFIRI (n= 2) se observou toxicidades dos tipos 3 e 4, sendo estas classificadas como provável reação adversa aos medicamentos. Conclusão: As toxicidades foram mais variadas e frequentes no grupo mFOLFOX6 em comparação ao grupo FOLFIRI. Entretanto, não se observou diferença na severidade e na causalidade das reações ocorridas em ambos os grupos.