mentação. Tais problemas podem reduzir a produtividade, aumentando os custos do processo [4][5][6] . O Instituto do Petróleo, Londres (UK), no Standard methods for analysis and testing of petroleum and related products (1989) define asfaltenos, através do método IP143/84 [7] , como sólidos amorfos, de coloração entre marrom escuro e preto, precipitados pela adição de excesso de n-heptano e solúveis em tolueno ou benzeno, a quente. Este procedimento, na prática, é empregado para a separação de frações distintas de asfaltenos, tais como C5I (insolúveis em pentano) e C7I (insolúveis em heptano) [4,8] . Como se trata de sistemas polidispersos é esperado que cada fração possua massa molar média com valores diferentes.A massa molar constitui uma propriedade útil na caracterização dos asfaltenos e representa um parâmetro de entrada nos modelos que descrevem sua precipitação em diferentes petróleos. Diversas técnicas são utilizadas para determinar massas molares dos asfaltenos, tais como osmometria de
IntroduçãoO petróleo consiste em uma mistura complexa de hidrocarbonetos que podem ser divididos de acordo com diversos critérios, como, por exemplo, a polaridade, que os classifica em asfaltenos, resinas, aromáticos e saturados [1] . Dentre estes, asfaltenos e resinas destacam-se por serem macromolé-culas com tendência à auto-associação, o que as torna particularmente importantes para a indústria do petróleo, pois durante as diversas etapas de produção e processamento, podem tornar-se instáveis devido a variações de composição, temperatura e pressão, causando diversos problemas operacionais [2,3] . Os principais problemas relacionados aos asfaltenos são ocasionados pela floculação; formação e estabilização de emulsões e espumas; alterações na molhabilidade original do reservatório; e, principalmente, pela deposição, que consiste tipicamente em uma precipitação seguida de sedi- Resumo: A massa molar é uma propriedade essencial na caracterização de asfaltenos e um dos principais parâmetros de entrada nos modelos para a predição da precipitação. Na literatura são relatadas massas molares entre 1000 e 10000 g.mol -1 para os asfaltenos, variando em função da técnica, natureza do petróleo, tipo de solvente e temperatura. Neste trabalho foi determinada a massa molar média numérica para dois asfaltenos em tolueno, o C7I (insolúveis em heptano) e o C5I (insolúveis em pentano) através da osmometria de pressão de vapor. Os dados experimentais foram avaliados levando em consideração efeitos da agregação dos asfaltenos em solução e sua maior dispersão em baixas concentrações. Foram feitos ainda ajustes matemáticos respeitando a tendência das curvas para diluições infinitas buscando produzir melhores resultados no valor da massa molar. Os valores obtidos foram comparados com os métodos convencionais aplicados à análise da osmometria de pressão de vapor, e situaram-se entre 3200 e 5200 g.mol -1 para o asfaltenos C5I e entre 4100 e 5400 g.mol -1 para o C7I.
Palavras-chave: Massa molar, osmometria de pressão de vapor, asfaltenos, auto-...