Os objetivos neste trabalho foram avaliar a utilização de duas fontes de carboidratos (casca de soja e milho), com a utilização ou não de monensina em dietas com alta densidade lipídica, e seus efeitos sobre a digestibilidade dos nutrientes, o balanço de nitrogênio e o fluxo portal de nutrientes em ovinos. Adotou-se o método de coleta total de fezes e urina para determinação da digestibilidade e do balanço de nitrogênio. O fluxo líquido de nutrientes foi calculado pelo princípio de Fick. Foram utilizados quatro ovinos (54 kg de PV) da raça Corriedale com três cateteres implantados (veia e artéria mesentérica e veia porta). A ingestão, a excreção fecal, a digestão e a digestibilidade de MS, MO e EE não foram influenciadas pelos tratamentos. A ingestão, a digestão e a digestibilidade da FDN foram maiores para as dietas com casca de soja (757,0; 531,1 g/dia e 70,2%) que para aquelas com milho (392,3; 199,9 g/dia e 51,0%), enquanto a dos carboidratos não-fibrosos (CNF), foram maiores para as dietas com milho (474,6, 416,8 g/dia e 87,8%) que para aquelas com casca de soja (148,0; 97,8 g/dia e 66,1%). A concentração de energia expressa como NDT foi maior nas dietas com milho (80,2%) que naquelas com casca de soja (76,7%). Não houve efeito da utilização da monensina nos parâmetros de digestibilidade e balanço de nitrogênio. A excreção fecal da proteína foi menor e a digestibilidade maior para as dietas com milho. A concentração portal e arterial de nitrogênio alfa amino (N alfa-amino) foi menor para as dietas com monensina (3,161 e 2,922 e 3,530 e 3,218 mM, respectivamente). A concentração portal (0,419 vs 0,516 mM), a diferença venosa-arterial (0,230 vs 0,317 mM) e o fluxo portal de amônia (26,119 vs 37,041 mM/h) foram menores para as dietas com milho.