“…Pode-se afirmar que, no que tange à tomada de decisões quanto a investir e/ou implementar inovações tecnológicas, os empresários devem olhar em perspectiva não apenas em relação aos retornos esperados, mas também em relação às possibilidades e às condicionalidades efetivas de realizar a consolidação financeira de suas dívidas de curto prazo a serem contraídas. O papel e a funcionalidade do setor bancário quanto ao processo de criação de moeda e de fornecimento de crédito para o financiamento do investimento e da inovação tecnológica, bem como o comportamento de preferência por liquidez pelos bancos já se constituem em terreno bastante sedimentado pela abordagem teórica pós-keynesiana, segundo Studart (1985,1995,1999), Carvalho (1992Carvalho ( , 1997Carvalho ( , 2005Carvalho ( 2007Carvalho ( , 2010, Paula ( , 2003, Chick (1993) Kregel (1986Kregel ( , 1998, Davidson (1972Davidson ( , 1986Davidson ( , 1994Davidson ( , 2002Davidson ( , 2011 e Minsky (1982Minsky ( , 2008, entre outros. Entretanto, ainda há a necessidade de se estabelecer um olhar crítico sobre a outra face do mecanismo de financiamento que é o processo de consolidação financeira das dívidas, questão esta que necessita ser melhor entendida e desenvolvida do ponto de vista teórico Avançar nesta área implica primeiro reconhecer que no processo de financiamento do investimento, via crédito bancário, o finance não pode ser pensado de forma independente e dissociado do funding, conforme foi visto acima, mas também que o processo de consolidação financeira das dívidas de curto prazo (funding) é tão importantes quanto as condicionantes do finance.…”