Monitoring antibody response following SARS-CoV-2 infection: diagnostic efficiency of 4 automated immunoassays

Abstract

Introduction SARS-CoV-2 seroconversion is important for epidemiological studies as well as contact tracing. Material and methods The antibody response against SARS-CoV-2 was examined in 111 patients with a positive qRT-PCR. Seroconversion was assessed using the Elecsys from Roche, the Liaison S1/S2 IgG from Diasorin, the IgG and IgA from Euroimmun, as well as the VIDAS IgG and IgM. Specificity was estimated based on the measurement of SARS-CoV-2 antibodies in 96 residual samples collected during a non-pandemic period. Results The highest overall sensitivity for detecting seroconversion was obtained using the Elecsys (81.1%), the Euroimmun with a combined detection of IgG/IgA (86.5%), and the VIDAS with a simultaneous measurement of IgG/IgM (78.4%).The Elecsys and the VIDAS IgG/IgM demonstrated a specificity as well as a positive predictive value of 100%. Conclusions The Elecsys and the VIDAS methods with a combination of IgG/IgM measurement demonstrated a high sensitivity with no false positive results.

Certezas Incertas: Desafios Próximos no Diagnóstico Laboratorial da COVID-19

“…6 Na gestão da pandemia, os ensaios serológicos surgiram como metodologias complementares, com potencial de detetar contactos prévios com o vírus, mas também de serem integradas num rastreio rápido e em larga escala de indivíduos suspeitos, ou com infeções subclínicas. 7 São já comercializados diferentes ensaios que avaliam a seroconversão na COVID-19, sendo as principais metodologias disponíveis em autoanalisadores a imunoabsorção enzimática (ELISA), os imunoensaios por quimioluminescência (CLIA) e os ensaios de fluorescência enzimáticos (ELFA). Capazes de avaliar um grande volume de amostras em simultâneo, disponibilizam resultados em 20 a 30 minutos, variando a imunoglobulina (Ig) doseada (IgM, IgG, IgA, combinação IgM/IgG).…”

“…Capazes de avaliar um grande volume de amostras em simultâneo, disponibilizam resultados em 20 a 30 minutos, variando a imunoglobulina (Ig) doseada (IgM, IgG, IgA, combinação IgM/IgG). 7 Têm também a vantagem de ultrapassar algumas limitações pré--analíticas das técnicas moleculares, onde a qualidade da amostra depende da quantidade de genoma viral recolhido. Em função do momento fisiológico, pode assim perder-se a janela de replicação do vírus.…”

“…Em função do momento fisiológico, pode assim perder-se a janela de replicação do vírus. 7,8 A utilização de testes serológicos é por isso proposta, quer em combinação com o diagnóstico molecular, com potencial de aumentar a taxa de deteção da doença, quer para testagens suplementares em casos suspeitos com AAN negativa. Será importante ressalvar que alguns doentes, em função de comorbilidades ou intervenções terapêuticas, poderão não desenvolver resposta humoral.…”

“…8 Num estudo onde é avaliado o desempenho de quatro ensaios serológicos automatizados na deteção de anticorpos anti-SARS--CoV-2, em 111 doentes com RT-PCR positiva, foram reportadas sensibilidades entre os 64,9% e os 82,9%, bem como especificidades entre os 95,8% e os 100%, dependendo do ensaio e das imunoglobulinas detetadas. 7 Outro trabalho documentou um aumento da sensibilidade diagnóstica quando à PCR se acrescentou um doseamento de IgM por ELISA. O doseamento desta Ig, cujos níveis aumentaram globalmente até ao 14º dia após o início dos sintomas, foi assim proposto como adjuvante ao diagnóstico molecular, aumentando a taxa de deteção da doença.…”

“…8 No entanto, dadas as contradições encontradas na literatura relativamente aos perfis de seroconversão na COVID-19, ensaios combinados IgM/IgG poderão cumprir melhor essa finalidade. 7 Atualmente, os hospitais portugueses têm montadas estratégias diagnósticas para identificar indivíduos com infeção por SARS-CoV-2 com alguma rapidez e precisão. Contudo, o inverno irá trazer a inevitável necessidade de realizar diagnósticos diferenciais com outros agentes de infeção respiratória, com destaque para o vírus influenza.…”