Morbidade e mortalidade da doença de Alzheimer em indivíduos hospitalizados no Brasil, entre 2008 e 2018: estudo ecológico

Abstract

<p><strong>Introdução: </strong>a doença de Alzheimer é uma afecção neurodegenerativa e progressiva que promove declínio cognitivo, podendo estar associada a repercussões neuropsiquiátricas e limitação na execução de atividades. A descrição e análise de dados sociodemográficos e de morbimortalidade de pessoas hospitalizadas com essa enfermidade no Brasil podem contribuir para melhor compreensão dos desfechos nessa população. <strong>Objetivo:</strong> relatar os índices de morbidade e mortalidade de pessoas com doença de Alzheimer internadas em hospitais brasileiros, nos anos de 2008 a 2018, além de descrever os dados sociodemográficos, apresentar o número de internações hospitalares, média de permanência e taxa de mortalidade dessa população. <strong>Metodologia:</strong> estudo ecológico, com análise quantitativa de dados coletados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, sobre morbidade e mortalidade de pessoas com doença de Alzheimer, hospitalizadas no Brasil, no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2018. <strong>Resultados:</strong> foram registradas 12.150 internações hospitalares, com predomínio do sexo feminino, com 7842 (64,54%) casos; cor/raça branca, com 6063 (49,9%); idade a partir de 80 anos e residentes da região Sudeste, com 7168 (59%). A taxa de mortalidade nacional foi de 17,4 e ao todo foram registrados 2.114 óbitos nesses 10 anos, com maior índice na região Sudeste (1.410 casos). <strong>Conclusão:</strong> o número de pessoas internadas, tendo como causa principal a doença de Alzheimer, aumentou nesse período, com predomínio de mulheres da raça branca e acima de 80 anos. As informações desse perfil populacional poderão contribuir para melhor delineamento das políticas de atenção à saúde para esta população. <strong></strong></p>

Caracterização epidemiológica da mortalidade por Alzheimer no Brasil entre 2010 a 2019

“…Em um estudo realizado porSantos et al (2019), onde os pesquisadores verificaram a morbimortalidade de indivíduos hospitalizados no Brasil durante os anos de 2008 a 2018, mostraram que a região Sudeste teve o maior número de obtidos durantes os 10 anos, tendo similaridade com outros pesquisadores…”

Internação hospitalar de idosos por Doença de Alzheimer no Brasil, e custo associado: estudo ecológico

“…15 Este resultado corrobora diversos estudos que obtiveram uma maior internação hospitalar de pacientes do sexo feminino quando comparados com o sexo masculino. 8,9,16 Entre eles, encontrase o estudo epidemiológico descritivo do tipo transversal, o qual analisou 9.081 internações hospitalares no Brasil no período de 2013 a 2017, sendo 63,40% do sexo feminino e 36,60% do sexo masculino. 16 Outro estudo epidemiológico descritivo também observou que 1.112 das 1.716 internações registradas no país no período de julho de 2017 a julho de 2018 foram do sexo feminino e 604 do sexo masculino.…”

“…8 Por último, a pesquisa ecológica relatou 12.150 internações hospitalares nos anos de 2008 a 2018, sendo 64,54% femininas e 35,46% masculinas. 9 As faixas etárias 60-69 e 70-79 anos mantiveram-se estáveis, já a faixa etária ≥ 80 anos demonstrou tendência de aumento, podendo ser explicada pelo fato de que a população está tendo uma vida mais prolongada a cada ano, associando o aumento da idade ao risco também aumentado de desenvolvimento da doença de Alzheimer 8 .…”

“…7 Já no Brasil observou-se 1,2 milhões de casos de demência por DA. 9 Ela afeta em sua maioria os indivíduos idosos, aumentando sua incidência cerca de duas vezes mais a cada 10 anos após os 65 anos. 7,9 A DA pode ser causada pela associação de fatores genéticos, comportamentais e ambientais.…”

“…9 Ela afeta em sua maioria os indivíduos idosos, aumentando sua incidência cerca de duas vezes mais a cada 10 anos após os 65 anos. 7,9 A DA pode ser causada pela associação de fatores genéticos, comportamentais e ambientais. 1,7 A sintomatologia surge de forma insidiosa, 7,10,11 e conforme ocorre a progressão da doença, iniciam-se outros sinais e sintomas.…”