RESUMOObjetivo: Descrever o perfil epidemiológico das lesões por pressão em um hospital escola de alta complexidade. Métodos: O presente estudo foi desenvolvido no Setor de Controle de Infecção do Hospital Universitário do Oeste do Paraná, pelo programa de Residência em Vigilância em Saúde e Controle de Infecção, caracterizado por estudo transversal, quantitativo, o qual ocorreu entre maio de 2016 a maio de 2018 através de tabelas de controle das lesões por pressão, relatórios em prontuário eletrônico e fichas de avalição pela comissão de curativos. Resultados: A amostra foi de 227 fichas de notificações de lesões por pressão, 161 (71%) eram do sexo masculino, 195 (85,9%) eram pacientes da cor branca. Com relação a idade, variou-se entre 23 dias a 93 anos com média de 54,8 anos (DP ± 21,6) entre ambos os sexos. A média de dias de internação foi de 45 dias (DP ± 42), e o tempo médio de surgimento da lesão foi de 18 dias (DP ± 21) após a admissão. Um total de 206 pacientes (91%) possuía algum tipo de comorbidade. Entre as clínicas/diagnóstico observou-se que houve predominância entre trauma, patologias neurológicas e patologias pulmonares, com 27,30%, 26,00% e 23,80% respectivamente. A variação de número de lesões por paciente foi de 1 a 5 lesões com média de 1,19. Dessas lesões cerca de 47,14% eram em região sacral e 32,60% de todas as lesões eram descritas como estágio 1. Em relação ao desfecho dos casos 89 pacientes (39%) evoluíram a óbito. Conclusão: O conhecimento da realidade institucional proporciona ao profissional base cientifica para tomada de decisões. As práticas baseadas em evidência vêm cada vez mais tomando os espaços de prestação de assistência, contribuindo para aprimoramento das técnicas aos quais refletem diretamente no bom prognóstico dos pacientes aos quais são aplicados.Palavras-chave: Lesão por Pressão; Epidemiologia; Enfermagem Epidemiological profile of pressure injuries in a teaching hospital in Paraná West RegionABSTRACTObjective: To describe the epidemiological profile of pressure injuries in a high-complexity teaching hospital. Methods: The present study was developed in the Infection Control Sector of the University Hospital of Western Paraná by the Residency Program in Health Surveillance and Infection Control, characterized by a cross-sectional quantitative study, which took place from May 2016 to May 2018 through pressure injury control tables, electronic medical record reports and assessment sheets by the dressing committee. Results: The sample consisted of 227 reports of pressure injury reports, 161 (71%) were male, 195 (85.9%) were white. Regarding age, it ranged from 23 days to 93 years with an average of 54.8 years (SD ± 21.6) between both sexes. The average hospital stay is 45 days (SD ± 42), and the average time of onset of the lesion was 18 days (SD ± 21) after admission. A total of 206 patients (91%) had some kind of comorbidity. Among the clinics / diagnosis it was observed that there was a predominance between trauma, neurological and pulmonary pathologies, with 27.30%, 26.00% and 23.80% respectively. The number of lesions per patient ranged from 1 to 5 lesions with a mean of 1.19. About 47.14% of these lesions were in the sacral region and 32.60% of all lesions were described as stage 1. Regarding the outcome of the cases, 89 patients (39%) died. Conclusion: Knowledge of the institutional reality provides the professional with scientific basis for decision making. Evidence-based practices are increasingly taking over care spaces, contributing to the improvement of techniques that directly reflect the good prognosis of the patients to whom they are applied.Keywords: Pressure Injury; Epidemiology; Nursing