Abordamos neste ensaio, como contribuição para a Década do Envelhecimento Saudável (2021-2030) alguns temas sensíveis como morte, distanásia e diretivas antecipadas de vontade, que no nosso entendimento são centrais na problemática do envelhecimento. O interesse dos autores por esses temas surgiu de vivências pessoais e envolvimento em estudos, além da influência de textos como o artigo "Why I hope to die at 75" e a recente aprovação da Política Nacional de Cuidados Paliativos. Nosso objetivo é sistematizar reflexões sobre esses temas, promover sua disseminação entre profissionais e estudantes, bem como problematizar a pouca importância conferida às diretivas antecipadas na atenção à saúde e na educação médica. Esperamos motivar reflexões a respeito desses assuntos, o que, infelizmente, ainda ocorre timidamente. O método utilizado é baseado em uma perspectiva reflexiva e crítica, utilizando lembranças, vivências e leituras, apresentadas de forma livre. Discutimos a visão de limitar a vida aos 75 anos, considerando as perdas e limitações associadas à idade. No entanto, estabelecemos uma meta de viver até os 85 anos e abordamos os motivos para essa escolha. Embora concordemos com a maioria dos posicionamentos do artigo citado, divergimos em algumas questões. Por fim, reconhecemos a morte como parte inevitável da vida e concordamos que a aceitação dessa realidade é fundamental para uma vida plena. Criticamos a distanásia por prolongar o sofrimento desnecessariamente e defendemos as diretivas antecipadas como ferramentas importantes para garantir que os desejos dos pacientes sejam respeitados, evitando tratamentos fúteis e promovendo uma morte digna.