Mortalidade Infantil: A Evolução Do Indicador No Estado Do Tocantins Entre Os Anos De 2010 E 2018

Abstract

Introdução: A taxa de mortalidade infantil (TMI) é um clássico e eficiente indicador da condição de vida da população, da qualidade dos serviços de saúde e do desenvolvimento de um país. A maior parte dos óbitos infantis ocorrem no período neonatal, estão associados à qualidade e à facilidade de acesso aos serviços de saúde que prestam assistência à gestante, ao parto e ao recém-nascido. Objetivos: Identificar a tendência e a composição da taxa de mortalidade infantil no Estado do Tocantins de 2010 a 2018. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico e transversal realizado com dados obtidos por meio de consulta ao DATASUS. Por se tratar de dados de domínio público, não se faz necessário apreciação pelo Comitê de Ética. Foram pesquisados dados do Estado do Tocantins no período de 2010 a 2018 e analisados os valores relativos aos óbitos neonatais no estado supracitado. Resultados: De 2010 a 2018 foram registrados 222.359 nascidos vivos e 3.037 óbitos infantis (entre menores de um ano de idade), filhos de mães residentes no Estado do Tocantins. A taxa de mortalidade infantil observada variou de 16,3 a 13,2 mortes por mil nascidos vivos, com queda percentual de 19% e redução média anual estimada de 2,2%. A queda anual estimada de 0,34 na TMI correspondeu à redução anual média de 8,4 óbitos. A maior incidência de óbitos ocorreu no período neonatal precoce. Conclusão: A queda nas taxas de mortalidade na infância representa um importante ganho no período, com a melhora da assistência à saúde do neonato e da gestante. As afecções originadas no período neonatal, relacionadas à gestação e parto, figuram como as principais causas de óbito em todos os anos analisados, seguidas das malformações congênitas. Políticas públicas intersetoriais e de saúde específicas devem ser aprimoradas.
 Palavras-chave: Mortalidade Infantil; Perfil Epidemiológico; Pediatria.

Benefícios do método canguru ao recém-nascido de baixo peso

“…Isso contribui de maneira substancial para a elevada taxa de mortalidade neonatal ainda existente em vários países (OMS, 2004). No Brasil, a mortalidade neonatal passou a ser o principal componente da mortalidade infantil, em função, principalmente, da redução proporcional de óbitos pós-neonatais e da manutenção do componente neonatal precoce (Negreiros et al, 2022).…”

Atuação da vigilância do óbito infantil no contexto da pandemia do novo Coronavírus em uma Região de Saúde do Estado de Pernambuco

“…Tais óbitos, em sua maioria, estão relacionados aos fatores de ordem biológica, cultural, social, além de falhas do sistema de saúde e condições de vida da população (FRANÇA et al, 2017). A mortalidade infantil (MI) configura-se como um dos indicadores de saúde pública mais significativos por evidenciar a ocorrência de mortes precoces, que na maioria dos casos, são evitáveis, desde que garantido o acesso em tempo oportuno a serviços de saúde com assistência qualificada, que busquem encontrar as causas que possam ser evitadas e as possíveis estratégias para redução desses óbitos (NEGREIROS et al, 2022).…”