O desenvolvimento atípico de uma criança portadora de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) gera quebra de expectativa e mudanças no ritmo de vida da família, em especial de sua principal cuidadora, geralmente a mãe. Esse artigo tem por objetivo avaliar o estado psicossocial das mães de crianças diagnosticadas com TEA. Trata-se de um estudo quantitativo de amostra não probabilística com aplicação de questionários a mães de filhos com TEA, acompanhados pela Associação Norte-Mineira de Apoio ao Autista (ANDA) da cidade de Montes Claros (MG). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob Parecer 5.676.08. Analisando os resultados foi possível identificar os fatores estressores e que diminuem a qualidade da saúde mental e qualidade de vida das mães de crianças diagnosticadas com TEA: baixa condição financeira, incapacidades adaptativas dos filhos, restrições de sociabilização e de trabalho dessas mães, cansaço físico, sobrecarga emocional, diminuição da autoestima e limitada rede de apoio. A condição do TEA do filho não foi um fator estressor para as mães entrevistadas, mas, sim, as consequências dos encargos e preocupações em lidar com os estímulos, cuidados e gastos demandados pela criança.