“…Mais ainda, esse pressuposto, nos posicionadevido à nossa capacidade supostamente única de raciocínio e linguagem -como observadores privilegiados e externos de um mundo material autônomo que permanece inalterado por nossas observações (…) somente os neomaterialistas performativos conseguiram desafiar completamente esse pressuposto e, portanto, teorizar o significado e a observação humana em termos propriamente materiais [3] (Gamble, Hanan, & Nail, 2019, p. 115) Embora possa ser aplicada também para a análise de todo e qualquer fenômeno comunicacional, a perspectiva neomaterialista oferece recursos teórico-metodológicos preciosos para entender os atuais processos da cultura digital promovidos pela plataformização da sociedade (Van Dijck, Poell, & Waal, 2018), pela dataficação das práticas cotidianas (Lemos & Bitencourt, 2019;Mayer--Schönberger & Cukier, 2013) e pela performatividade algorítmica -PDPA (Lemos, 2019(Lemos, , 2020. Certamente, teorias da comunicação podem ser incluídas como precursoras da corrente neomaterialista como por exemplo a teoria das materialidades da comunicação de origem germânica, a semiótica, ou algumas vertentes dos estudos culturais.…”