Este artigo, "The imperatives of Brazil in a challenging South American regional space: a view from international political economy", foi traduzido por Florencia Mendes Ferreira Costa.Nos anos 1960, quando havia uma espécie de renascimento da construção regional, o economista Gunnar Myrdal fez uma advertência, sugerindo que a abordagem regional não tinha justificativa intrínseca. Não existem qualidades místicas em proximidades geográficas que façam nações vizinhas se transformarem em "unidade" em qualquer sentido real, seja do ponto de vista cultural, político ou econômico (Myrdal, 1968, p.39). Em outras palavras, as regiões têm de ser construídas de acordo com as necessidades e circunstâncias. Com a liberalização do comércio no âmbito de reformas neoliberais, acordos regionais foram arquitetados para "travar" reformas estruturais. Seguindo esse ponto de vista, o regionalismo e a globalização foram intrinsecamente interligados em uma relação de causalidade. Nessa relação, o regionalismo foi muitas vezes visto como subordinado aos ditames e às limitações da globalização ou, na melhor das hipóteses, como forma de aumentar o poder de barganha.