Mudanças na agricultura de corte e queima em Altamira, Pará

Abstract

A agricultura de corte e queima ainda é um sistema de produção predominante em florestas tropicais, no entanto, estudos desenvolvidos em várias partes do mundo indicam que os sistemas de produção estão em processo de transição, tendo diminuído ou até mesmo sendo extintos. O objetivo deste artigo é entender as mudanças na dinâmica do sistema corte e queima desenvolvido por agricultores familiares no município de Altamira, Pará. No estudo foram entrevistadas 50 famílias que residem no Projeto de Assentamento Assurini, localizado próximo à sede do município. Os dados foram analisados com enfoque interdisciplinar, abordando aspectos qualitativos e quantitativos. Constatou-se que houve uma diminuição nos cultivos anuais e uma expansão da atividade pecuária. Os principais propulsores dessas mudanças foram a diminuição da mão de obra familiar, a falta de acesso aos mercados e a legislação ambiental que limita a utilização das áreas de florestas primárias para implantar novas roças. Apesar dessas mudanças, este sistema de cultivo é importante para as famílias, pois garante a produção para o consumo familiar e a diversificação da produção. Entretanto é necessário maior envolvimento dos atores sociais e das instituições, no sentido de investir na diversificação, e em tecnologias que possibilitem que as áreas de cultivo possam ser utilizadas por mais tempo, evitando o desmatamento de novas áreas.

Mudanças Nos Sistemas Produtivos De Agricultores Familiares Na Microrregião De Altamira, Pará

“…O aumento de idade dos camponeses, a diminuição da área com vegetação primária na região, diretamente proporcional ao tempo de ocupação da área, levaram a diversas transformações nos sistemas de produção dada a maior escassez de força de trabalho, seja familiar ou contratada, e a menor disponibilidade de mata para dar continuidade ao sistema de corte-queima (ROCHA, 2013;SILVA;ROCHA, 2022).…”

Métodos de limpeza de terreno sob floresta e a dinâmica de atributos físicos e químicos de um latossolo amarelo do Vale do Rio Ribeira de Iguape - SP

“…Os efeitos da queima na taxa de infiltração de água em solos foram estudados por SEUBERT (1975) no PerG e por SILVA (1981) no Brasil. A queima diminuiu levemente a ta xa de infiltração de um LA quando comparado ao solo da flore� ta (SILVA, 1981). A limpeza total da superfície de um 11 Ulti sol 11 de Yur imaguas ( Perú) com máquina equipada de 1 âmi na "bu 1 dozer'', provocou uma queda na taxa de infiltração de 11,8 cm.…”

“…;.5 unidades acima do original,à partir daí iniciou uma queda,mas 12 meses após a queima, ainda se manteve acima do valor. original (SILVA, 1981) .Des sa forma,a elevação inicial do pH em face da adição de bases é se guida por um decréscimo ao longo do tempo devido provavelmente à sua lixi viação .A amplitude de variação do pH depende dentre outros fatores da composição das cinzas,sendo que de a tri butos do solo,do regime pluvi o métrico e da intensidade de perdas de bases depende a duração d o per í Q do no qual seu efeito se mantém.…”

“…Os dados aqui discutidos são semelhantes aos de outros trabalhos desenvolvidos em LA na Bahia (SILVA, 1981e CADIMA et alii, 1982 e na Amazônia Brasileira (BRINKMANN & NASCIMENTO, 1973e SMITH & BASTOS, 1984. Os resultados desses autores revelam, entre outros fatos, que os efeitos das cinzas sobre o pH e outros atributos químicos, podem variar de inten sidade em função do lapso de tempo entre a queima e a primeira amostragem após a mesma, do tipo de solo, vegetação, clima, i� tensidade da queima e da espessura da camada analisada.…”

“…Um mês após a queima, o pH dos primeiros 15 cm de um LA da Bahia, elevou-se de 4,5 para 5,2, no quinto mês e� sa variação tornou-se um pouco mais ampla (próximo a 1 ,5 unid� des) mas à partir disto o pH começou à declinar e ficou no 12º mês, acima do valor original (SILVA, 1981). Na análise da cama da 0-5 cm, três meses depois da queima, observou-se que…”