“…Por exemplo, uma das principais iniciativas de pesquisa voltada à substituição do uso de fogo na agricultura amazônica, o Projeto Tipitamba, que iniciou suas atividades no âmbito do Programa Shift (Projeto Shift-Capoeira) no início da década de 90, oferece a oportunidade de substituir o sistema de corte-e-queima pelo de corte-e-trituração, já tendo realizado experimentos, inclusive de cunho participativo, inicialmente na região nordeste do Pará e, atualmente, também em áreas experimentais nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Rondônia e Roraima, contemplando cultivos anuais (arroz, milho, feijão, cauí, mandioca e cucurbitáceas), cultivos semipermanentes (pimenta-do-reino e maracujá) e pastagem, e que tem incluído ações de pesquisa quanto ao monitoramento e modelagem de aspectos biofísicos, biogeoquímicos e socioeconômicos associados a esse tipo de alternativa tecnológica, bem como estudos da valoração dos serviços ambientais a ela associados (Kato et al, 2005;Denich et al, 2005;Börner, 2006). Esse projeto ainda não atingiu o estágio de adoção pelo segmento-alvo, ainda que estejam sendo buscadas oportunidades de: 1) inclusão de equipamentos para trituração da vegetação secundária no conjunto de implementos que compõe as patrulhas mecanizadas municipais; 2) criação de linhas de crédito para aquisição de equipamentos, assistência técnica e gerencial a organizações de produtores interessados em aderir a essa abordagem, em caráter coletivo; 3) adoção da tecnologia em assentamentos da reforma agrária que adotam a abordagem de transição agroecológica; 4) oportunidade de inclusão da tecnologia no âmbito da oferta de prestação de serviços por firmas particulares.…”