Esse estudo tem como objetivo discutir e refletir sobre os privilégios da branquitude, bem como, discutir se o acesso a oportunidades e privilégios são atribuídos da mesma maneira a todas as pessoas; investigar os mecanismos que legitimam e perpetuam as desigualdades raciais; problematizar a posição da pessoa branca nas discussões das relações raciais. O presente artigo realiza uma abordagem metodológica com base na revisão bibliográfica de estudos sobre relações raciais, problematizando a falta de estudos e da participação e reconhecimento de uma branquitude nessas relações. Concluímos que a branquitude é, portanto, a representação do branco como padrão universal de humanidade, a norma, o que garante as pessoas brancas privilégios na sociedade. A partir desse artigo pudemos observar que para quem historicamente possuí o poder, os privilégios e vantagens raciais e sociais, toda e qualquer reivindicação de igualdade social, cultural e política é uma possível ameaça à cultura hegemônica da branquitude que ocupa e sempre seu lugar de privilégio. É preciso que as pessoas brancas reflitam que a branquitude foi construída como lugar racial da superioridade, fazendo-se necessário também abolir a concepção de ser superior, reconhecendo seus privilégios e do seu grupo, criticando isso, e fazendo parte da luta antirracista.