“…Ou seja, esses agentes de segurança pública reforçam posturas de que seu papel ali é de oprimir, de matar ou deixar morrer, de exercer um controle pelo abuso do autoritarismo e utilização do armamento de fogo, com baixa compreensão e preparo para lidar sem reproduzir esse tipo de violência. Assim, quando lemos os discursos de Shirley e Maria do Carmo, respectivamente, apenas nesse tocante do tratamento policial é que produz na sua fala uma raiva, um elevar de vozes, mesmo em um local silencioso, o cruzar de braços, a utilização de palavrões, antes não mencionada, ao dizerem: Desse modo, o viver dessas mulheres é na realidade uma forma de resistência, resistência frente a inúmeras opressões e negligências do Estado, da comunidade e dos tocantes aos direitos humanos (Biscotto, 2016;Sarmento, 2017). Essa resistência é entendida como proposta por Mello (2022), em que articula concepções adjacentes de Foucault (1983de Foucault ( , 2003 e Deleuze(1992) pela compreensão desses dispositivos como "processo de invenção, criação e resistências cotidianas, de quem em diferentes contexto, vivência pressões" (p.38).…”