Nas cidades existem espaços abandonados, ou subutilizados, que podem ser aproveitados com ofertas de lazer, cultura e interação social, como interstícios urbanos e suas possibilidades de ressignificação. No contexto da arquitetura, ambientes homeodinâmicos são aqueles que contribuem com a homeostase, preservação e restauração da vida. O objetivo deste artigo foi investigar e refletir em relação às dinâmicas e transformações geradas por ocupações culturais para ressignificação de interstícios urbanos e a relação com saúde e bem-estar. Foi utilizado revisão bibliográfica e relato de experiência para analisar o potencial homeodinâmico da ocupação cultural e inserção deste processo no contexto da OcupaColaborativa em Jundiaí, São Paulo. Foi observado que esta ocupação configurou ambiente homeodinâmico nas esferas biológica, sociocultural e urbana. A ampliação das possibilidades daquele espaço, anteriormente abandonado, atendeu demandas por lazer, cultura, representatividade e pertencimento. O movimento possibilitou uma pluralidade de expressões artísticas e culturais, corroborando com o desenvolvimento de cidades saudáveis.