Esta é uma pesquisa documental, de levantamento e correlacional, desenvolvida entre os anos de 2013 a 2014 no Centro de Avaliação Psicológica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), tendo como objetivo examinar a relação entre as hipóteses diagnósticas iniciais e o diagnóstico final de crianças e adolescentes que realizaram avaliação psicológica. Foram utilizados os laudos psicológicos e o Child Behavior Checklist/6-18 (CBCL6/18) e, dois juízes independentes codificaram as demandas e conclusões descritas nos laudos de acordo com categorias psicopatológicas descritas na quinta edição do manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Os resultados mostraram que há pouca concordância entre os métodos semiestruturado (laudo) e padronizado (Child Behavior Checklist/6-18) para a formulação de hipóteses diagnósticas iniciais (Kappa≤0,253). Há também pouca concordância entre as hipóteses diagnósticas iniciais (Child Behavior Checklist/6-18) e as conclusões diagnósticas (laudo) (Kappa≤0,250). Houve maior concordância entre hipótese inicial (laudo) e conclusão diagnóstica (laudo) quando se tratavam de problemas muito específicos, como o transtorno alimentar (Kappa=0,662) e do sono-vigília (Kappa=1.000). Conclui-se que os métodos utilizados para o levantamento das queixas apresentaram vantagens e desvantagens, sendo esperadas associações relativamente baixas ou moderadas entre métodos independentes de avaliação.