Multiplex crack smoking and sexual networks: associations between network members’ incarceration and HIV risks among high-risk MSM

Abstract

Objectives This study examined HIV risks in the multiplex crack-smoking and sexual networks of incarcerated drug-using men who have sex with men (MSM) and their associates. We estimated the associations between the network members’ incarceration, self-reported HIV infection, and trading sex for money. Methods Our analytic sample consisted of 508 crack-smoking or sexual partnerships of 273 high-risk MSM. Network members were specified by (1) crack smoking and sexual behavior or (2) crack smoking only. Results Longer incarceration of the crack-smoking and sexual network members was associated with self-reported HIV infection (AOR = 1.61, p < 0.05), which extended up to one’s partners’ partners’ partners (AOR = 1.63, p < 0.05). Similar results were found for trading sex (AOR = 2.77, p < 0.05). Conclusions The findings of the study call for the development of a system-level HIV intervention among former incarcerated MSM and their associates.

A rede de apoio social de usuários de crack acompanhados por um equipe de consultório na rua de uma cidade no interior de Minas Gerais

“…Tal resultado corrobora estudo desenvolvido nos EUA com usuários de drogas em situação de rua, em que também se apontou a família como importante fator de proteção relacionado aos indicadores de saúde mental (NYAMATHI et al, 2012). Semelhantemente a diversos estudos prévios (RUDOLPH et al, 2011;TOBIN et al, 2011;SONG;RUDOLPH et al, 2013;WENZEL, 2015;FUJIMOTO et al, 2016), a composição da rede de apoio dos usuários contava mais com indivíduos também usuários de crack do que indivíduos não usuários. Tal resultado pode ser interpretado a partir de duas perspectivas: em primeiro lugar, não se pode desconsiderar a importância dos pares como apoiadores, pois, conforme descrito nos resultados, eles constituem uma rede de certo modo solidária, na qual compartilham não apenas a droga, mas também outros recursos, como alimentação e vestimentas, e isso tem sido descrito também em estudos prévios nos quais é destacado o caráter não discriminatório desses apoiadores (DOMANICO; MALTA, 2012; KRAWCYK; VELOSO FILHO; BASTOS, 2016).…”

“…No caso do fenômeno em estudo, vários efeitos negativos têm sido apontados na literatura em relação às redes de usuários de drogas em geral (RUDOLPH et al, 2011;SONG;WENZEL, 2015), e especificamente de usuários de crack (TOBIN et al, 2011;FUJIMOTO et al, 2016). Em tais estudos têm-se apontado tanto a influência desses apoiadores na manutenção do uso das substâncias quanto de outras situações vulneráveis como, por exemplo, maior exposição a comportamentos sexuais de risco (SONG;WENZEL, 2015), prostituição (RUDOLPH et al, 2013) e prevalência de HIV (FUJIMOTO et al, 2016). LAN et al, 2017).…”

“…A partir da leitura desses artigos, identificou-se que, nos estudos recentes sobre a temática, têm-se focado principalmente as características da rede social dos usuários (GRIFFIN; RODRIGUEZ, 2011;RUDOLPH et al, 2011;JONAS et al, 2012;LATKIN et al, 2012;NYAMATHI et al, 2012;WENZEL et al, 2012;BUTTRAM;KURTZ;SURRAT, 2013;RUDOLPH et al, 2013;BOODRAM;MACKESY-AMITIA, LATKIN, 2015;KING;LATKIN, DAVEY-ROTHWWLL, 2015;SONG;WENZEL, 2015;SCHERER et al, 2016;SMITH et al, 2016), os fatores de risco, da rede social, em relação ao uso de drogas (DOHERTY et al, 2011;RHOADES et al, 2011;TOBIN et al, 2011;CRAWFORD et al, 2013;KELLY et al, 2013;MAUSLBY et al, 2014;GUNN;CANADA, 2015;FUJIMOTO et al, 2016) e os fatores de proteção, da rede social, em relação ao uso de drogas (BOOTH et al, 2011;TRENZ et al, 2012;CHARLEBOIS et al, 2012;OSER, LEUKERFELD, 2012;RAMASWAMY et al, 2013;SAPRA et al, 2013;HUDSON;NANDY, 2014;JORGE, 2014;HEARN et al, 2015;CUCCIARE et al, 2016;HORTA et al, 2016;MCNEIL et al, 2015).…”

“…No que diz respeito às populações estudadas, em tais estudos trabalhou-se com indivíduos com privação da liberdade (GRIFFIN E RODRIGUEZ, 2011;LEUKEFELD, 2012), população rural (DOHERTY et al, 2011;JONAS et al, 2012;CUCCIARE et al, 2016;SMITH et al, 2016), homossexuais (Tobin et al, 2011;KELLY et al, 2013;BUTTRAM;KURTZ;SURRAT, 2013;MAULSBY et al, 2014;FUJIMOTO et al, 2016), pessoas com baixa renda (KING; LATKIN, DAVEY-ROTHWWLL, et al, 2015;, sujeitos em situação de rua (RHOADES et al, 2011;NYAMATHI et al, 2012;WENZEL et al, 2012;HUDSON;NANDY, 2014;SONG;WENZEL, 2015), usuários de crack e outras drogas (BOOTH et al, 2011;RUDOLPH et al, 2011;TRENZ et al, 2012;LATKIN et al, 2012;CRAWFORD et al, 2013;RAMASWAMY et al, 2013;RUDOLPH et al, 2013;SAPRA et al, 2013;BOODRAM;MACKESY-AMITIA;GUNN;CANADA, 2015;HEARN et al, 2015). Destaca-se que apenas em alguns desses estudos trabalhou-se exclusivamente com os usuários de crack (CHARLEBOIS et al, 2012;HORTA et al, 2016;SCHERER et al, 2016;JORGE, 2014;MCNeil et al, 2015)…”

“…Em relação à caracterização da rede social dos usuários de drogas, diversos autores (GRIFFIN; RODRIGUEZ, 2011;RUDOLPH et al, 2011;JONAS et al, 2012;LATKIN et al, 2012;NYAMATHI et al, 2012;WENZEL et al, 2012;BUTTRAM;KURTZ, 2013;RUDOLPH et al, 2013;BOODRAM;MACKESY-AMITIA;KING;DAVEY-ROTHWWLL, 2015;SONG;WENZEL, 2015;SCHERER et al, 2016;SMITH et al, 2016) (DOHERTY et al, 2011;TOBIN et al, 2011;KELLY et al, 2013;MAULSBY et al, 2014;FUJIMOTO et al, 2016), estigma e discriminação (CRAWFORD et al, 2013;GUNN;CANADA, 2015) e viver em situação de rua (RHOADES et al, 2011;TRENZ et al, 2012;HUDSON;NANDY, 2014 No tocante ao estigma e discriminação, em um estudo conduzido por Crawford et al (2013), em Nova York, teve-se como objetivo analisar a associação entre preconceito por raça, uso de drogas ou histórico carcerário e a rede social de usuários de drogas ilícitas. Foi apresentado em seus achados, que os participantes que relataram ter sofrido discriminação devido à raça e ao uso de drogas tinham em suas redes sociais mais vínculos que apresentavam risco tanto para uso de drogas quanto para comportamento sexual de risco.…”