A mangabeira (Hancornia speciosa Gomes) é uma espécie arbórea nativa do Nordeste, de grande importância socioeconômica, ambiental e medicinal. Na última década, a intensificação da ação antrópica vem contribuindo para a redução significativa de suas áreas remanescentes, e, consequentemente, de sua diversidade genética, o que justifica a realização de estudos relacionados à propagação da espécie. O objetivo deste trabalho foi testar o efeito de diferentes concentrações de 6-benzilaminopurina (BAP) e ácido naftalenoacético (ANA) sobre a indução de brotações em explantes nodais de mangabeira. Estes foram obtidos de plântulas germinadas in vitro e inoculados em meio MS básico e MS suplementado com: 1,5; 2,5 e 3,5 mg.L-1 de BAP e 0,1 e 0,5 mg.L-1 de ANA e mantidos em sala de crescimento, durante 30 dias sob condições controladas de temperatura, fotoperíodo e luminosidade. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com doze tratamentos, e três repetições, sendo cada repetição composta por 10 unidades experimentais. As variáveis observadas foram: formação de brotos, número de brotos por explante, presença de calos, contaminação e sobrevivência. Os dados foram avaliados estatisticamente através da análise de modelo linear generalizado. Os resultados indicaram diferença significativa entre os tratamentos com os reguladores de crescimento vegetal, para todas as variáveis. Dessa forma, na ausência de BAP e ANA os explantes apresentam-se mais responsivos em relação à taxa de multiplicação e ao número de brotações, sendo, portanto, desnecessário o uso desses reguladores de crescimento para a propagação in vitro de mangabeira.