Mycorrhizal infection of an Agrostis capillaris population on a copper contaminated soil

Abstract

To investigate the possible natural development of heavy metal tolerance in VA-mycorrhizal fungi, plants of Agrostis capillaris from an uncontaminated, a copper-contaminated and a zinc/cadmiumcontaminated area were examined for VA-mycorrhizal infection. During a period of 5 years (1987 to 1991) the plants of the copper-tolerant population were hardly infected, whereas the population on the uncontaminated soil showed a mean infection of nearly 60% and the zinc/cadmium-tolerant population of 40%. A detailed analysis of the surroundings of the copper-enriched site revealed the presence of VA-mycorrhizal fungi and a negative correlation between the infection rate of A. capillaris and the copper content of the soil. In contrast to the copper-contaminated soil, the abundant presence of VA-mycorrhizal fungi in the area contaminated by zinc and cadmium indicates that these fungi have evolved a zinc and cadmium tolerance and that they may play a role in the zinc and cadmium tolerance of A. capillaris.

Potencial de infectividade de fungos micorrízicos arbusculares oriundos de área de caatinga nativa e degradada por mineração, no Estado da Bahia, Brasil

“…De acordo com Nogueira (1996), além do efeito tóxico direto nas plantas, o excesso de metais é prejudicial aos FMA; vários metais pesados são fungitóxicos, reduzindo a germinação dos esporos, o crescimento micelial e, conseqüentemente, a colonização micorrízica. Trabalhando em solos contaminados por Cu, Griffioen et al (1994) encontraram apenas três, de 12 amostras de raízes de Agrostis capillaris L., colonizadas por FMA; mesmo assim, essas raízes apresentavam baixo nível de colonização (1, 3 e 10%). Os autores sugeriram que a ausência de colonização por FMA no local seria devido à atividade fungitóxica desse metal.…”

“…Nível adequado de infectividade de FMA no solo, depois da mineração, é importante para o sucesso do restabelecimento da diversidade vegetal na formação de um ecossistema auto-sustentável (Jasper et al 1994). Entretanto, antes que micorrizas sejam utilizadas na revegetação de áreas degradadas por mineração, é necessário saber a condição micorrízica das espécies de plantas que ocorrem naturalmente nos ecossistemas sem distúrbio (Bellgard 1991), quais fungos estão envolvidos na formação da micorriza (Merryweather & Fitter 1998), o grau de colonização radicular em solos contaminados, o papel fisiológico dos FMA no aporte e translocação de metais pesados nas plantas e a implicação ecológica da presença ou não dos FMA atuando sobre a seleção e sobrevivência das plantas hospedeiras (Griffioen et al 1994).…”

Fungos micorrízicos arbusculares em solos de área poluída com metais pesados

“…Além de fatores edáficos, o tipo de hospedeiro e sua tolerância aos estresses ambientais também influenciam a colonização micorrízica Griffiöen et al, 1994). De fato, verificou-se colonização mais elevada em B. mutica, que, com base em observações de campo, apresentou maior tolerância ao excesso de metais que Andropogon sp.…”

“…As MAs aumentam a capacidade das plantas em absorver água e nutrientes e tolerar estresses diversos, como os causados por metais tóxicos no solo (Turnau et al, 1993;Griffiöen et al, 1994;Nogueira, 1996;Leyval et al, 1997;Siqueira et al, 1999). Por essa razão, os fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) e a simbiose micorrízica em solos poluídos têm sido objeto de diversos estudos em várias regiões do mundo (Gildon & Tinker, 1981;Ernst et al, 1984;Walker et al, 1984;Koske & Walker, 1986;Bethlenfalvay & Franson, 1989;Ietswaart et al, 1992;Christie & Kilpatrick, 1992;Sambandan et al, 1992;Raman et al, 1993;Weissenhorn et al, 1993;Griffiöen, 1994;Noyd et al, 1995;Pawlowska et al, 1996).…”

“…Em condições controladas e para solos de clima temperado, contaminados artificialmente, tem-se verificado drástica redução da colonização micorrízica por metais pesados (Leyval et al, 1997;Siqueira et al, 1999), fato nem sempre confirmado no campo. Gildon & Tinker (1983) observaram colonizações de até 35% em raízes de trevo em solo contaminado; o mesmo verificaram Griffiöen et al (1994) em Agrostis capillaris que apresentou extensiva colonização em solo contaminado com Zn e Cd, próximo a uma refinaria de Zn.…”