Tendo como base teórico-metodológica a antropologia das moralidades, o objetivo deste artigo é analisar a produção midiática de bens culturais feita por artistas evangélicos, a fim de refletir sobre as múltiplas condições sociais de ser jovem nas igrejas bem como os trânsitos que marcam as experiências de fé ao longo do curso da vida dessas pessoas. Em particular, serão analisadas três trajetórias de artistas que experimentaram valores contraditórios, expectativas frustradas e fragmentações subjetivas em suas práticas religiosas, resultando em “idas e vindas” entre o mundo artístico secular e as igrejas durante a juventude, problematizadas neste texto por meio do conceito de interrupções.