RESUMO -Nas últimas décadas, houve um crescente interesse nos estudos da nanotecnologia, devido à expectativa que os nanomateriais podem causar na melhoria da qualidade de vida e na preservação do meio ambiente. Nesse contexto, esse estudo tem por objetivo sintetizar e caracterizar nanocompósitos de Ag/TiO2, para serem aplicados em meios filtrantes utilizados em filtros comerciais empregados no condicionamento de ar de ambiente internos, para que possam atuar como agente biocida. Para identificar o método mais simples, eficaz e reprodutível, foram investigados quatro métodos de síntese: o método sol-gel proposto por Pan (2010); o Pan (2010) adaptado, no qual foi acrescentado uma etapa de calcinação; o método I, proposto pela autora, que consiste da síntese do TiO2 acrescentado à síntese de nanopartículas de prata; e o método II, também proposto pela autora, semelhante ao método I, mas na presença de um agente dispersante. Ao final, as amostras produzidas foram caracterizadas por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) com Espectroscopia por Dispersão de Energia de Raios X (EDS). Através dos resultados obtidos concluiu-se que foi possível obter nanocompósitos de Ag/TiO2 pelos quatro métodos estudados, mas o método Pan (2010) adaptado se mostrou mais eficaz, por possuir menor tempo de síntese e pela formação de nanopartículas de prata mais estáveis dispersas sobre uma matriz de dióxido de titânio através dos resultados do MEV.
INTRODUÇÃOA grande área superficial das nanopartículas lhes conferem efeitos mais pronunciados e, dentre esses efeitos, a ação bactericida de alguns metais, como prata e titânio, permite que nanopartículas e nanocompósitos de metais tenham grande potencial para atuarem como agentes antibacterianos em diversas áreas, como na indústria alimentar, desinfecção de água, ar e de outros campos relacionados.A ação antibacteriana da prata é conhecida desde a antiguidade, contudo, o alto custo de obtenção desse material impede sua maior utilização no combate a microrganismos e infecções. O uso desse material em escala nanométrica, além de mais eficaz em sua ação contra microrganismos, reduziria a quantidade de material utilizado (Yu et al, 2011). Dióxido de titânio (TiO2) é um dos fotocatalisadores mais eficazes atualmente em uso, devido ao seu forte poder oxidante, a sua não-toxicidade e estabilidade física e química a longo prazo. É relatado que a combinação com nanopartículas de prata aumenta expressivamente a atividade fotocatalítica de TiO2. Sendo assim, nanocompósitos Ag/TiO2 possuem a vantagem de