O trauma está entre as principais causas de morbidade e mortalidade no mundo. Uma incidência cada vez maior, associado a melhora no atendimento extra hospitalar ao politraumatizado, aumentou o número de doentes que chega ao atendimento hos-pitalar. Como consequência, cresceram também os atendimentos em que o doente necessita de ressuscitação hemodinâmica, suporte intensivo e, às vezes, procedi-mentos invasivos como a toracotomia de emergência, antes considerada como me-dida heroica, numa última tentativa de dar suporte a esses indivíduos. Com uma maior casuística, os trabalhos e as evidências na área começam a delinear critérios objetivos para indicação de tais condutas, que não são isentas de riscos ocupacio-nais à equipe de saúde, nem do aumento do custo assistencial e principalmente da morbidade ao paciente. Visando ser cada vez menos invasivo e reduzir essa morbi-dade relacionada ao procedimento, novas tecnologias estão sendo desenvolvidas, e ideias descritas desde a década de 50, como a oclusão ressuscitativa por balão en-dovacular da aorta voltam a ser discutidas com a promessa de alternativas mais efi-cazes ao cuidado do politraumatizado. O presente artigo visa, portanto, discorrer so-bre a toracotomia de emergência, suas indicações, a técnica e as alternativas pro-missoras, como o uso do REBOA.