O estudo investigou os sistemas de certificação orgânica no litoral do Paraná, destacando que das 78 unidades cadastradas em abril de 2021, 38 eram certificadas por auditoria e 40 pelo sistema participativo. As perguntas foram direcionadas a buscar as principais questões encontradas no sistema de certificação, a qual o produtor participa. Foram obtidas 54 respostas, sendo 28 unidades possuem certificação por auditoria, e 26 pelo sistema participativo. A maioria das unidades certificadas por auditoria é representada pela TECPAR CERT, enquanto a ECOVIDA representa o modelo participativo. Antonina se destaca como o município com o maior número de certificações, impulsionado por estímulos governamentais para produção orgânica. Morretes tem predominância de certificações participativas, enquanto Paranaguá e Guaraqueçaba contam com certificações do PMO em parceria com o IDR. A infraestrutura digital robusta do sistema de auditoria contrasta com a limitada conectividade do sistema participativo. No contexto da certificação orgânica, as diferenças entre os sistemas incluem o processo de certificação, custos, comercialização e retenção de valores por cooperativas e associações. Ambos os sistemas permitem a venda direta, incentivando preços até 30% superiores ao tabelado. A pesquisa destacou a necessidade de melhorias na infraestrutura viária e acesso à internet, além de desafios relacionados ao saneamento básico nas áreas rurais. O estudo sugere intervenções, que incluem melhorias e incentivo à participação em programas de ATER, facilitação do acesso a insumos orgânicos e promoção da conscientização sobre práticas sustentáveis. Essas recomendações fornecem diretrizes práticas para políticas e programas destinados a promover a produção orgânica sustentável na região litorânea do Paraná.