“…O extermínio desses segmentos, jovens negros, pobres e moradores das periferias urbanas, evidencia um corte que hierarquiza territórios que devem ser protegidos na cidade e territórios que maximizam permanentes colônias onde guerra e paz não se separam, normas jurídicas não se aplicam, a quem se refere Mbembe (2016), tais como são as favelas e os espaços de confinamento (prisões e centros educacionais). Tendo essa seletividade, tanto o encarceramento em massa, como os homicídios, respaldam-se em uma complexa e perversa produção simbólica em torno de certas juventudes negras e pobres, assujeitadas por operações de criminalização, silenciamentos e as mais diversas exclusões (Barros, Acioly, & Ribeiro, 2016;Barros, Rodrigues, Silva & Leonardo, 2017;Barros, & Benicio, 2017;Benício et al, 2018).…”