“…Dentre as sintomáticas, os achados mais comuns forma as calcificações Macherel et al, seguiram prospectivamente crianças com este achado e mostraram que o desenvolvimento neuropsicomotor foi normal em crianças que não tinham nenhuma patologia associada. Os mesmos autores mostraram que 8/43 (19%) das crianças eram infectadas congenitamente por CMV, sendo 4 assintomáticas ao nascer(63).Com relação à surdez neurossensorial, já é bem documentado que a infecção congênita por CMV contribui significativamente para a perda auditiva pré-lingual em crianças(27,28).A surdez neurossensorial identificada ao nascer, foi observada em 10,6 % das crianças infectadas, taxa similar ao observado em estudo anterior realizado porYamamoto et al, 2012, Diferentemente do estudo de Amir et al, que apresentaram evidências de que as alterações em neuroimagens, como a presença de vasculopatia lenticuloestriada, são potenciais preditores de surdez neurossensorial em crianças com infecção congênita, neste estudo, as crianças infectadas com presença de alterações em NTF não apresentaram maior risco de ocorrência de surdez neurossensorial . Os resultados deste estudo e o realizado por Rivera et al, 2002, sugerem que os mecanismos patogênicos que contribuem para o desenvolvimento da surdez neurossensorial em crianças com infecção congênita por CMV, sintomáticas e assintomáticas, podem ser diferentes daqueles responsáveis pelo déficit cognitivo e motor.…”