Arq Bras Cardiol 2009; 93(6 supl.1): e110-e178
-Evolução na gestaçãoA maioria das publicações mais recentes descreve evolução materna favorável, embora tenham sido descritas algumas complicações, tais como o surgimento de hipertensão e a insuficiência cardíaca (as mais comuns), além de hemorragia cerebral e hemoptise maciça 7,8,10 . Na maioria dos casos, os resultados neonatais são favoráveis, embora possa ocorrer parto prematuro e restrição de crescimento intrauterino 8,9 . A gestação não parece afetar a atividade inflamatória da doença e as complicações maternas estão relacionadas com a resposta cardiovascular à gestação, trabalho de parto e parto. As oscilações da pressão sistólica é que se associam com mais frequência ao surgimento de insuficiência cardíaca e hemorragia cerebral 10 .As pacientes com doença de Takayasu devem ser avaliadas antes da concepção, com o objetivo de realizar cirurgia vascular ou intervenção vascular percutânea, se indicadas, e fora do período da gestação. Além disso, durante a gestação e o parto, deve ser feito um controle adequado da pressão arterial, a fim de evitar as complicações maternas referidas, sem comprometer o desenvolvimento fetal por hipoperfusão placentária 9 . Recomendações 1) Os corticosteroides são o tratamento de escolha para o controle da atividade inflamatória da doença e seu uso está indicado durante a gestação quando a paciente engravida na fase aguda da doença ou quando o diagnóstico é realizado durante a gestação 8,9,10 (IC).2) O parto vaginal é aconselhado, e com o uso de fórcipe, a fim de abreviar o segundo estágio do trabalho de parto, quando necessário 9 (IC).3) O parto cesáreo deve ser realizado quando há indicação obstétrica ou em situações de hipertensão ou insuficiência cardíaca refratárias ao tratamento clínico 9 (IC).