Na região sudeste da Bacia do Paraná, ocorre uma unidade informalmente denominada de Arenito Pedreira. Para definir as relações estratigráficas e caracterizar esta unidade foram avaliados dois furos de sondagem e selecionadas amostras representativas para análise petrográfica e contagem modal dos constituintes para definição da proveniência. O Arenito Pedreira está depositado entre a Formação Botucatu, por desconformidade sobreposta, e a Formação Rio do Rastro, com a qual tem contato erosivo. A unidade é composta por uma sucessão de ciclos granodecrescentes constituídos por arenitos conglomeráticos, conglomerados arenosos, arenitos com estratificação cruzada tangencial e cruzada de baixo ângulo, arenitos com marcas de ondas e pelitos laminados, respectivamente. Os arenitos são classificados como arcóseos líticos e arcóseos, tem seleção média, elevados em grãos de feldspatos e quartzo. As feições diagenéticas caracterizam condições de eodiagênese e mesodiagênese, com feições de ambientes de clima continental seco. A análise da proveniência aponta para fontes associadas a arco magmático dissecado. Os litoclastos descritos são semelhantes às rochas encontradas nas unidades do Cinturão Dom Feliciano situadas mais ao sul, no terreno Tijucas e no Batólito Pelotas. Estas informações sugerem uma área fonte próxima e permitem admitir que o soerguimento do Arco de Rio Grande de direção NW-SE, seja responsável pelo fornecimento de sedimentos para a constituição do Arenito Pedreira