New Toxics, New Poverty: A Social Understanding of the Freebase Cocaine/Paco in Buenos Aires, Argentina

Abstract

Included within the field of research on changes in drug use patterns and vulnerability are conditions of emergency related to economic crisis, wars, and political conflict. This study addresses the complex connections between the rapid propagation of freebase cocaine (FBC)-locally known as "pasta base" or "Paco" in Argentina and the normalization of the consequences of Argentina's 2001-2002 political-economic crisis. On the basis of the results of an ethnographic study carried out in three neighborhoods of the Greater Buenos Aires area between 2001 and 2005, this article aims to analyze how changes in the material and social living conditions are interrelated with the high toxicity of FBC/Paco and engender the emerging compulsion of its consumption and deterioration to the bodies, subjectivities, and social activities of active drug users from these shantytowns. By analyzing the changes in transactions directly or indirectly involving drugs-specifically those ranging from cocaine to FBC/Paco-we can argue how structural poverty, "new poverty," is not only associated with the expansion of FBC/Paco but is also shaped by its use, modes of consumption, associated health problems, and sufferings.

Effectiveness of secondary prevention and treatment interventions for crack-cocaine abuse: A comprehensive narrative overview of English-language studies

“…An extensive -although not precisely estimated -proportion of cocaine use occurs in the form of crack-cocaine use (i.e., the smoked/inhaled use of freebase cocaine), a substance widely and cheaply available in the Americas and increasingly in Europe (European Monitoring Centre for Drugs and Drug Addiction (EMCDDA), 2007; United Nations Office on Drugs and Crime (UNODC), 2012). While -for example, due to the predominant marginalization (Fischer & Coghlan, 2007) -most crack users are not captured by general population surveys, studies from various national jurisdictions have documented sizeable crack use problems in numerous European countries (Haasen, Prinzleve, Gossop, Fischer, & Casas, 2005;Hay et al, 2010;Hope, Hickman, & Tilling, 2005;Ilse, Prinzleve, Zurhold, & Haasan, 2006;Oliveira, Ponce, & Nappo, 2010;Pérez, Cruyff, Benschop, & Korf, 2013;Prinzleve et al, 2004;Stoever, 2002); Canada and the US (Buchanan et al, 2006;Falck, Wang, & Carlson, 2007;Fischer et al, 2006;Santibanez et al, 2005;Werb et al, 2010); Argentina, Brazil, El Salvador Santos Cruz et al, 2013a;Dickson-Gomez, Bodnar, Guevara, Rodriguez, & Gaborit, 2007;Dualibi, Ribeiro, & Laranjeira, 2008;Epele, 2011). Among many street drug user populations in North and South America, crackcocaine is reported to be the most commonly used non-injection drug (Dualibi et al, 2008;Fischer & Coghlan, 2007;Strathdee & Stockman, 2010).…”

À margem: uso de crack, desvio, criminalização e exclusão social – uma revisão narrativa

“…Já em Buenos Aires, Argentina, Epele 13 associa o aumento no consumo de drogas por parte das populações socialmente vulneráveis às reformas neoliberais ocorridas no país no fim dos anos 1990 e início dos anos 2000, o que culminou no agravamento da situação de pobreza e exclusão social em que essas pessoas viviam. Epele 13 destaca, ainda, que à época da disseminação intensa do tráfico e do uso do paco, havia uma combinação complexa de crise econômica e política que resultou, por um lado, no desmantelamento de estruturas sociais importantes, com aumento nas taxas de desemprego e redução de benefícios previdenciários e iniciativas correlatas de proteção/ promoção social, e, por outro (complementar), na deterioração do sistema público e/ou da privatização desordenada do sistema de saúde.…”

“…Epele 13 destaca, ainda, que à época da disseminação intensa do tráfico e do uso do paco, havia uma combinação complexa de crise econômica e política que resultou, por um lado, no desmantelamento de estruturas sociais importantes, com aumento nas taxas de desemprego e redução de benefícios previdenciários e iniciativas correlatas de proteção/ promoção social, e, por outro (complementar), na deterioração do sistema público e/ou da privatização desordenada do sistema de saúde. O desemprego e o colapso das já modestas políticas sociais comprometeram ainda mais a obtenção e a garantia de direitos essenciais à vida, como o acesso à saúde e à moradia.…”

“…Epele 13 salienta ainda que, desde o início da sua produção e comercialização, o paco esteve associado a populações marginalizadas e à deterioração física de seus usuários, em razão das péssi-mas condições de vida em que se encontravam, e ao uso de cachimbos improvisados, feitos de latas de refrigerantes, antenas de televisão ou qualquer tipo de tubo de alumínio, com diversas consequências adversas, tais como: a acelerada perda de peso, problemas respiratórios e queimaduras nos lábios e nos dedos.…”

“…De forma similar àquela como Epele, em seus trabalhos 10,11,13 , vem destacando as vulnerabilidades dos usuários de paco na Argentina, muitas pesquisas com abordagens metodológicas diversas, tanto em contextos internacionais quanto no Brasil 3,14-16 têm evidenciado a situação de exclusão social, pobreza, exposição a riscos e danos à saú-de e envolvimento criminal a que os usuários de crack se encontram sujeitos, inserindo-os em uma condição de extrema vulnerabilidade social 17,18 . Epele 11 e Medeiros 19 enfatizam que o uso de crack, em contextos de pobreza e vulnerabilidade social, muitas vezes está vinculado a uma busca por alívio (ao menos, parcial, e certamente contraditório, pois o uso se mostra associado a danos e riscos adicionais) das condições de dor e sofrimento individual e social.…”