“…Quando assumimos esse entendimento de compreender as determinações sóciohistóricas, podemos entender que, já que a desigualdade sexual, racial e de classes não é ontológica do ser social, ela também pode ser socialmente superada, contudo nosso horizonte precisa ser a alteração estrutural desse sistema. Nessa análise tomamos como referencial a produção do feminismo materialista francófono e sua teorização sobre relações sociais de sexo (FERREIRA et al, 2014;DEVREUX, 2011), que busca uma compreensão crítica da realidade para nela intervir "na luta contra as relações patriarcal-racista-capitalistas e em defesa da emancipação humana" (CISNE, 2014, p. 135). Gurgel (2015) também revela a natureza contraditória entre os movimentos feministas e o Estado pois, embora tenham conseguido conquistas via políticas públicas e direitos sociais, estas são limitadas e provisórias no processo de emancipação das mulheres.…”