IntroduçãoHá muitos anos a atividade física (AF) é reconhecidamente um fator comportamental importante para a manutenção, tratamento e melhoria da condição de saúde da população [1][2][3] . Apesar disso, estudos epidemiológicos têm demonstrado que grande parcela da população não atinge as recomendações mínimas atuais de prática de AF para benefícios à saúde 1,2 , tornando a inatividade física um dos principais problemas enfrentados pela população mundial, com alta frequência entre os fatores de risco associado as doenças crônicas não-transmissíveis 3 . Estudo realizado por Hallal et al.1 descreveu o nível de atividade física em 122 países, identificando 31,1% de inatividade física em adultos. Quando analisados os dados de novo relatório disponibilizado sobre os níveis globais de inatividade física, evidenciou-se uma redução na prevalência da mesma para 23,8% 2 . Apesar disto, os resultados ainda são preocupantes, o que torna estudos de acompanhamentos essenciais para monitoramento destas alterações e seus fatores associados.
ResumoO objetivo do estudo foi verificar a prática de atividades físicas e os fatores a ela associados em estudantes de Educação Física. Estudo longitudinal realizado com acadêmicos de uma Universidade Federal do sul do Brasil. Foram avaliados 81 estudantes dos cursos de licenciatura e bacharelado os quais responderam um questionário padronizado aplicado em dois períodos: início da graduação (2014) e início do segundo ano de curso (2015). O instrumento abordou questões sobre dados sociodemográficos, comportamentais e nutricional. O nível de atividade física foi avaliado nos domínios lazer e deslocamento através do International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) versão longa. A análise estatística utilizou teste de qui-quadrado para comparação de proporções e teste de McNemar para dados pareados. A amostra apresentou maior frequência de ativos entre os indivíduos do sexo masculino, solteiros e não fumantes. Não houve diferença significativa de ativos entre cursos e entre os períodos avaliados. O período de um ano após o ingresso na universidade não mostrou diferenças na prática de atividade física, no entanto as baixas prevalências no domínio do lazer alertam para uma continuidade no acompanhamento, visto que esses indivíduos, além de se beneficiarem deste comportamento saudável, serão futuros disseminadores do mesmo.
Palavras-chavePrevalência; Atividade física; Estudantes; Universidade; Lazer; Deslocamento.
Abstract