ResumoIntrodução: A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente na população mundial, com maior incidência nos idosos. A fadiga corresponde a um dos sintomas não motores mais frequentes na doença de Parkinson e prejudica a qualidade de vida desses pacientes. Esse cenário é potencializado por um estilo de vida sedentário, aumentando a dificuldade de realizar atividade física. Objetivo: Identificar o impacto do sintoma de fadiga na maior predisposição ao sedentarismo e na realização de atividade física em pessoas com doença de Parkinson. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão narrativa. Para esta revisão foram pesquisados artigos em língua inglesa disponíveis na base de dados eletrônica PubMED. Foram adotados os seguintes indexadores com diferentes combinações: fatigue and Parkinson's disease and exercise or physical activity. Buscas manuais foram feitas nas referências dos artigos encontrados. Resultados: Apesar da alta prevalência de fadiga, o problema nem sempre é reconhecido clinicamente, em virtude do seu caráter subjetivo e pouco explorado. A etio/fisiopatologia da fadiga na doença de Parkinson ainda é mal compreendida e a abordagem clínica é inexistente. Conclusão: A fadiga pode ser classificada como fadiga subjetiva, que não é objetivamente mensurável, ou fatigabilidade, que se caracteriza pela dificuldade em iniciar ou manter uma atividade física ou mental. A fatigabilidade é uma barreira para a realização de atividades físicas, e está diretamente relacionada a um estilo de vida sedentário em indivíduos com DP.Descritores: Fadiga; Doença de Parkinson; Qualidade de Vida; Exercício; Atividade Motora.
AbstractIntroduction: Parkinson disease is the second most prevalent neurodegenerative disease among the population. It presents a higher incidence in the elderly people. Fatigue corresponds to one of the non-motor symptoms that appear more frequently in people with Parkinson disease. It negatively influences their quality of life. This scenario is enhanced by a sedentary lifestyle, increasing the difficulty of performing physical activity. Objective: Understand and identify the impact the fatigue into a greater predisposition in sedentary lifestyle and the accomplishment of physical activity in people with Parkinson's disease. Materials and Methods: A literature search was performed to identify full-text articles in English. We searched the electronic database of PubMED. The following keywords were used using different combinations: fatigue and Parkinson's disease and exercise or physical activity. Manual searches were performed in references in eligible articles. Results: Despite the high prevalence of fatigue, the problem is not always clinically recognized due to its subjective nature. The ethio/physiopathology of fatigue in Parkinson disease is still poorly understood, and treatment is unknown. Conclusion: Fatigue can be classified as subjective fatigue, in which it is not objectively measurable, or fatigability, which is characterized by the difficulty in initiating or m...