Nonvolant Mammals in a Fragment of Arboreal Caatinga in Northeastern Brazil

Abstract

The state of Paraiba is one of those with the most degraded Caatinga that presents the large gap of knowledge concerning the mammal fauna. Mammals are among the taxa most affected by this. In this sense, we evaluated non-volant mammals’ richness and composition between March 2013 and February 2020 in a Caatinga fragment (121 ha). We used active search (336 hours) and camera traps (1,200 night traps). We recorded 20 species, including four threatened ones. Carnivora was the most representative order (7 species), followed by Rodentia (4 species). The richness of non-volant mammals found represents 35.6 % of the total number of such species in the Caatinga. This species richness is greater than that found in other studies in the state. The presence of these mammal species was mainly due to the recovering vegetation that resulted from the great planting effort and also due to cessation of hunt, cattle and sheep breeding that had existed on the farm for over thirty years. Our findings highlight the importance of this particular reserve due to the large number of species registered.

Mamíferos De Médio E Grande Porte Em Um Fragmento De Caatinga No Estado Do Piauí, Nordeste Do Brasil

“…Utilizando diferentes métodos, obtivemos registros de quase 44,4% do número total de espécies de mamíferos de médio e grande porte já registradas para a Caatinga, de acordo com as estimativas mais recentes (n = 45, Carmignotto & Astúa 2017). Inventários de mamíferos de médio e grande porte realizados na Caatinga considerando os estados vizinhos, com diferentes esforços amostrais, indicaram a ocorrência de 13 a 22 espécies (Tabela 2, ver Campos et al 2016, Delciellos, 2016, Dias & Bocchiglieri 2016, Dias et al 2017Marinho et al 2018a, Aximoff et al 2021. A maior riqueza (n = 22), incluindo maior número de registros por armadilhas fotográficas (n = 18), foi obtida na Reserva Particular do Patrimônio Natural da Serra das Almas, que abrange quase seis mil hectares de Caatinga no estado do Ceará (Dias et al 2017), e para onde foi empregado esforço cinco vezes maior ao que realizamos.…”

“…Antigos moradores locais relataram os últimos registros da presença de P. concolor cerca de 30 anos atrás. Na Caatinga, P. concolor se encontra em estado mais crítico do que considerando-se o Brasil todo, classificado como Em Perigo (Azevedo et al 2013), o que é reforçado pelos poucos registros em outros estudos na Caatinga (Marinho et al 2018a, Aximoff et al 2021. No Parque Nacional da Serra da Capivara (100.764 ha) na região sudeste do Piauí, distante pouco mais de 200 km de Sussuapara, existem registros de Panthera onca, P. concolor (Silveira et al 2010, Santana et al 2020) e de sua importante presa, Tayassu pecari (Oliveira et al 2003).…”

“…e podem estar influenciando negativamente a mastofauna na região (Silva et al 2017. Ações proativas no controle da caça, retirada de animais domésticos, disponibilização de reservatórios artificiais de água no ambiente e restauração da Caatinga podem a longo prazo reverter esse processo degradante e garantir riqueza da mastofauna em uma dada área , Aximoff et al 2021.…”

“…Os mamíferos são componentes-chave do ecossistema da Caatinga, pois desempenham um papel importante na manutenção e regeneração das f lorestas e, portanto, na estruturação e funcionamento das comunidades biológicas (Carmignotto & Astúa 2017). O número de inventários de mamíferos realizados neste bioma tem aumentado nos últimos anos (e.g., Feijó & Langguth 2013, Delciellos 2016, Marinho et al 2018a, Aximoff et al 2021. No entanto, há um déficit histórico de estudos e investimentos em pesquisa na Caatinga, fazendo com que grande parte de sua área e biota permaneça desconhecida ou subamostrada (Santos et al 2011, Dias et al 2017Marinho et al 2018a, Aximoff et al 2021.…”

“…O número de inventários de mamíferos realizados neste bioma tem aumentado nos últimos anos (e.g., Feijó & Langguth 2013, Delciellos 2016, Marinho et al 2018a, Aximoff et al 2021. No entanto, há um déficit histórico de estudos e investimentos em pesquisa na Caatinga, fazendo com que grande parte de sua área e biota permaneça desconhecida ou subamostrada (Santos et al 2011, Dias et al 2017Marinho et al 2018a, Aximoff et al 2021. Um exemplo disso é que, até o momento, apenas um estudo sobre mamíferos de médio e grande porte foi realizado na Caatinga do estado do Piauí, tendo registrado 13 espécies, sendo cinco por registros das armadilhas fotográficas (Delciellos 2016).…”