Resumo Contexto Não se sabe ao certo como a idade e o sexo do paciente influenciam na anatomia da aorta abdominal e de seus ramos. Objetivos Determinar os padrões anatômicos (diâmetro e angulações) mais frequentes da aorta abdominal e de seus ramos e a influência do sexo e da idade dos pacientes sobre esses padrões. Métodos Foram avaliadas tomografias computadorizadas de abdome com contraste endovenoso de 157 pacientes. Foram aferidos calibre e angulação de artérias abdominais em indivíduos de ambos os sexos, agrupados em cinco faixas etárias: 20 a 30 anos, 31 a 40 anos, 41 a 50 anos, 51 a 60 anos e 61 a 70 anos. Foram analisadas 18 variáveis: seis ângulos de emergências arteriais, nove diâmetros arteriais, taxas de dilatação, sexo e faixa etária. Para a obtenção das medidas, utilizou-se o programa de computador RadiAnt 4.2.1 DICOM viewer (Medixant, Poznan, Polônia). Resultados Entre as 157 tomografias, 69 eram de homens e 88, de mulheres. Apresentaram diferença estatística (p < 0,05): ângulo de origem e diâmetro da artéria mesentérica superior; ângulo e diâmetro das artérias renais; diâmetro das artérias ilíacas comuns; diâmetro e taxa de dilatação em diversos segmentos da aorta, exceto na porção proximal ao tronco celíaco. Conclusões Os diâmetros da aorta (em diversos segmentos) e de seus ramos (exceto da artéria renal esquerda) aumentam progressivamente com o passar da idade em ambos os sexos e são maiores e possuem taxa de dilatação mais elevada em homens do que em mulheres da mesma faixa etária. Entre os sexos, o ângulo de emergência da artéria mesentérica superior foi maior em homens, exceto entre 20 e 30 anos; o ângulo de origem da artéria renal esquerda foi maior em mulheres entre 51 e 60 anos.