RESUMO Este artigo revisa a produção bibliográfica sobre neoliberalismo e linguagem sob uma perspectiva performativa, para disputar o sentido de neoliberalismo, ressaltando-o como efeito discursivo. São discutidos artigos revisados por pares, publicados em revistas científicas latino-americanas indexadas pela CAPES que tensionem a relação entre linguagem, discurso ou semiose e nossa racionalidade econômica. A crítica antineoliberal é emoldurada teoricamente pelos feminismos, pela performatividade e pelo trabalho conceitual (BAL, 2009). Observa-se que a produção científica na América Latina atribui importante papel à linguagem em uso na pedagogia neoliberal, na sedução capital e no apaziguamento da violência colonial, concedendo à linguagem um papel central na cooptação neoliberal e legitimação ideológica do neoliberalismo colonial-patriarcal.