Objetivo: Avaliar a adaptação de crianças com transtorno do espectro autista à pandemia da COVID-19. Metodologia: Estudo primário com caráter analítico observacional transversal, desenvolvido através de dados coletados na Associação Pestalozzi de Maceió. RESULTADOS: Foram avaliadas 132 crianças, sendo a faixa etária mais acometida de 4 a 10 anos com prevalência de 71,32% e o sexo mais acometido foi o masculino com 82,57%. A maioria dos entrevistados afirmou que houve uma adaptação ruim ou razoável da criança a pandemia com 84,8% e 73,46% passou a ter terapia de forma remota. O desempenho escolar de 43,9% das crianças piorou e 24,24% pararam de frequentar a escola. O nível de ansiedade de 56,06% das crianças piorou, enquanto 65,90% não teve seu sono alterado. No que se refere ao relacionamento das crianças com os responsáveis 47,72% não tiveram alteração, já em relação ao relacionamento com outras crianças 56,81% não mudaram. A respeito da adaptação das crianças em relação às medidas profiláticas na pandemia 72,24% não se adaptaram bem e a adesão aos medicamentos que elas já tomavam antes da pandemia 56,81% mantiveram o uso. Conclusão: Esse estudo contribui para a compreensão de quais âmbitos da vida das crianças portadoras de TEA foram afetados, para que, dessa forma, as equipes multiprofissionais visem uma maior atenção em tais áreas.