Novos meridianos da produção editorial em castelhano: o papel de espanhóis exilados pela Guerra Civil na Argentina e no México

Abstract

RESUMO Este artigo tem por objetivo lançar luz sobre o impacto da Guerra Civil Espanhola sobre a indústria editorial argentina e mexicana. Em particular, pretende enfocar as contribuições oferecidas por refugiados ou exilados espanhóis que, uma vez estabelecidos na outra margem do Atlântico, procuraram retomar seus ofícios de origem, inserindo-se nas gráficas e editoras existentes nesses dois países ou fundando novos negócios livreiros. Tanto o México como, em especial, a Argentina, beneficiaram-se da crise impingida pela guerra à indústria editorial da antiga metrópole para explorar o vasto mercado aberto aos impressos em língua espanhola.Palavras-chave Guerra Civil Espanhola, Argentina, México, mercado editorial * Artigo recebido em 01/08/2007. Autora convidada.

A Guerra Civil Espanhola oitenta anos depois, 1936-2016: Ensaio de interpretação | The Spanish Civil War eighty years later, 1936-2016: An interpretative essay

“…Outra das contribuições fundamentais dos soviéticos aos republicanos espanhóis foi na promoção e na divulgação das famosas "brigadas internacionais". Essas brigadas foram integradas por militantes de centroesquerda procedentes de 53 países do mundoespecialmente por franceses, poloneses, italianos antifascistas, alemães antinazistas, austríacos, estadunidenses, britânicos e inclusive por alguns brasileiros (Almeida, 1999 (Soares, 2007) -, e na formulação e implementação de políticas públicas modernizantes e inclusivas, certamente inspiradas na Constituição de 1931 (Hernández, 2012;Martin-Frechilla, 2008;Rodríguez, 2010).…”

“…Em consequência, parece evidente que estamos diante de uma temática aberta a estudos e pesquisas procedentes de diferentes campos do conhecimento, principalmente da história das relações internacionais. Nesse diapasão, uma agenda brasileira de estudos e pesquisas sobre a guerra civil espanhola poderia incluir, por exemplo, alguma das seguintes temáticas: (Souza, 2009 (Rodríguez, 2010;Soares, 2007). No caso brasileiro, as pesquisas nessa temática específica são sumamente escassas.…”

Intelectuais e política no Chile: Apontamentos sobre a revista Aurora de Chile (1938-1940)

“…Por um lado, a solidariedade mobilizou uma considerável comunidade de intelectuais de esquerda no continente, especialmente Brasil, Argentina, México e Chile onde se criaram comitês de ajuda. Por outro, a diáspora da Guerra Civil levou para esses países, inúmeros intelectuais e editores que irão exercer um importante papel no âmbito da cultura e na luta antifascista (Soares, 2007).…”