Pacientes coinfectados com HIV e tuberculose (TB) resistente têm um risco elevado de mortalidade devido à fragilidade imunológica e à complexidade do tratamento, que exige regimes prolongados e medicamentos alternativos mais tóxicos. A resistência medicamentosa e as interações entre antirretrovirais e fármacos para TB, como a rifampicina, reduzem a eficácia do tratamento, intensificando os efeitos colaterais e dificultando a adesão. Nesse contexto, a enfermagem é fundamental, focando-se no controle de infecção, apoio à adesão terapêutica e suporte emocional. Os enfermeiros auxiliam os pacientes a compreenderem a importância de seguir o tratamento, apesar dos efeitos adversos, e oferecem suporte educacional para manejo dos sintomas. O controle de infecção em hospitais, com protocolos de isolamento e uso rigoroso de EPIs, é crucial para reduzir o contágio, sendo recomendada a criação de áreas exclusivas para esses pacientes. Na comunidade, os enfermeiros realizam visitas domiciliares e promovem o uso de ferramentas digitais, como lembretes de medicação e monitoramento remoto, para facilitar a adesão, especialmente em regiões remotas. Assim, o papel integral da enfermagem na gestão da coinfecção HIV-TB resistente é essencial para promover adesão contínua, reduzir a resistência medicamentosa e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.