“…A enfermagem enfrenta desafios relativos ao reconhecimento da sociedade, de um lado a pouca visibilidade nos meios de comunicação aliado a representação estereotipada com vinculação sexual e a prevalência do modelo biomédico com inferiorização perante a medicina e do outro lado a invisibilidade da profissão com a inexistência do reconhecimento social uma vez que a enfermagem é concebida na sua origem religiosa como uma prática social ontologicamente ancorada em expectativas sociais como a ação de cuidar com abnegação, seriedade e compromisso; nesse prisma de vocação e doação não coexiste a defesa de condições dignas de trabalho traduzidas por salário compatível com a complexidade (Silva, Moraes, Araújo, Araújo, & Oliveira, 2020;Santos et al, 2015;Teodosio & Padilha, 2016). Na tentativa de buscar mais credibilidade para o seu trabalho e reconhecimento social, os profissionais de Enfermagem se sobrecarregam de modo a agregar ao seu trabalho funções que não são de sua responsabilidade, afastando-se dos princípios da Enfermagem de modo a ocasionar sentimentos de descontentamento, frustrações e silenciamento perante a importância científica da Enfermagem como ciência do cuidado e interferindo na motivação e no desempenho profissional sendo preditoras de estresse ocupacional, refletindo na assistência prestada (Souza, Cucolo, & Perroca, 2019;Silva, Moraes, Araújo, Araújo, & Oliveira, 2020).…”