No brasil, a tilápia (Oreochromis niloticus) é atualmente o principal produto da psicultura. Tal fato desperta interesse e preocupação dos estudiosos levando ao questionamento fundamental sobre quais os danos ambientais gerados pela produção em larga escala dessa espécie. A geração do resíduo de escama recebe destaque, chegando a aproximadamente 4% do resíduo seco produzido durante o manejo do pescado. Um dos grandes impactos ambientais causados pelas atividades pesqueiras está na forma de destinação dos resíduos. O presente trabalho objetivou analisar a viabilidade da utilização de escamas de tilápia como fertilizante orgânico na composição de substratos para o cultivo de plantas de girassol, avaliando nas plantas: percentual de germinação; variáveis de crescimento (altura, número de folhas e diâmetro do caule); teores relativos de clorofila; e a produção de matéria seca da raiz, parte aérea e total. O experimento foi conduzido em uma casa de vegetação com os seguintes tratamentos: 1) 100% (em volume) de areia; 2) Areia + Adubo a 80 kg de N ha-1; 3) Areia + Escama de tilápia (EDT) a 30 kg de N ha-1; 4) Areia + EDT a 60 kg de N ha-1; 5) Areia + EDT a 90 kg de N ha-1; 6) Areia + EDT a 120 kg de N ha-1. Nas condições experimentais empregadas, a aplicação das escamas de tilápia ocasionou incrementos nas variáveis de crescimento analisadas (altura da planta, diâmetro do caule, número de folhas, teores relativos de clorofila, percentual de germinação e matérias secas da parte aérea, da raiz e total), principalmente na concentração de EDT a 120 Kg de N ha-1.