Por se tratar de uma doença que afeta principalmente o sistema respiratório, a COVID-19 pode evoluir para uma situação mais crítica, levando até mesmo à falência de múltiplos órgãos, chegando a ser fatal. Quadros nos quais complicações respiratórias agudas passam a requerer permanência prolongada em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) são as principais causas de morbidade e mortalidade em pacientes com COVID-19. A permanência em UTI, sobretudo em tempo prolongado, é, por si só, uma causa da alteração de parâmetros nutricionais. Diante disto, o presente trabalho tem como objetivo analisar o comportamento do estado e parâmetros nutricionais de pacientes com COVID-19 admitidos em UTI durante o curso da pandemia. Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, na qual foi utilizado método sistematizado para síntese e análise dos trabalhos científicos disponíveis. Verificou-se que, nos casos de pacientes COVID-19 agravados, em tratamento em UTI, constatou-se significativa presença de comorbidades como diabetes, hipertensão e associação destas entre os indivíduos hospitalizados, bem como mudanças no perfil de ingestão calórica e proteica e no balanço nitrogenado. Também foi constatado que desnutrição e moderado a alto risco nutricional foram considerados fatores de risco para maiores períodos de internação hospitalar. A possibilidade de investigação de parâmetros mais minuciosos é travessada pelo próprio contexto pandêmico, no qual a urgência no manejo dos pacientes e a necessidade de isolamento e adoção de protocolos sanitários muitas vezes impossibilita a realização das pesquisas científicas com pacientes críticos em decorrência da COVID-19.