RESUMOEm dezembro de 2019 foi isolado na cidade Wuhan, na China, um novo betacoronavírus, agente etiológico de uma nova doença. Foi denominado SARS-CoV-2 e a doença COVID-19. Este vírus se liga com alta afinidade ao receptor ECA2 e pode desencadear uma liberação maciça de citocinas e lesões em múltiplos órgãos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou em janeiro de 2020, que o surto da doença causada pelo novo coronavírus (COVID-19) constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional e 40 dias depois, caracterizou a COVID-19 como pandemia. No Brasil foram registrados até o dia 20/05/2020, 271.628 casos, com 17.971 óbitos, perfazendo uma taxa de letalidade de 6,6 %. Observa-se uma ascensão importante no número de casos, mesmo levando-se em conta que o Brasil apresenta uma elevadíssima taxa de subnotificação. A doença é transmitida por gotículas e/ou contato e se desenvolve em até 14 dias após a exposição. Em 81% dos casos apresenta-se de forma leve, porém em 14% dos casos apresenta-se de forma grave, com dispneia ou hipóxia ou envolvimento pulmonar acima de 50% em 24 a 48 horas de evolução. Doença crítica ocorre em 5% dos pacientes, manifestando-se com insuficiência respiratória, choque e disfunção de múltiplos órgãos. Não há tratamento ou profilaxias específicas estabelecidas; múltiplos estudos estão em andamento. As medidas não-farmacológicas ainda se constituem na única forma comprovadamente eficaz de se deter ou pelo menos tornar mais lenta a propagação desta doença, para ganhar tempo, e assim atender de forma adequada estes doentes, com uma compreensão maior desta patologia e possivelmente medicações e/ou vacinas eficazes.