A endometriose é uma condição ginecológica crônica que se caracteriza pela implantação ectópica de tecido funcional que reveste o útero, como glândulas e estroma endometrial, fora da cavidade uterina. A prevalência da endometriose gira em torno de 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva entre a população mundial, a qual aumenta para até 70% entre as mulheres que apresentam dor pélvica crônica. O presente estudo de revisão buscou avaliar novas abordagens terapêuticas para a endometriose, documentadas por meio de ensaios clínicos randomizados. Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa realizada por meio da base de dados PubMed, que levou em consideração os seguintes critérios de inclusão: testes controlados e randomizados; artigos publicados nos últimos 02 anos (2022-2024); que possuíam texto completo disponível e que abordassem acerca do manejo da endometriose. Ficou constatado que o pamoato de triptorrelina de liberação prolongada se mostrou uma opção terapêutica válida para o manejo da endometriose, com menos aplicações em comparação com o acetato de triptorrelina e com eficácia similar em relação à redução da dor. Além disso, verificou-se que o relugolix em terapia combinada se mostrou bem tolerado e com um perfil de segurança consistente, com baixa perda óssea, oferecendo uma opção adicional no tratamento da endometriose a longo prazo. Por fim, a terapia de coagulação híbrida com plasma de argônio (HybridAPC) foi considerado um tratamento cirúrgico promissor com impacto na prevenção de aderências, sendo um método seguro, rápido e que permite a preservação de tecidos no manejo da endometriose peritoneal.