“…Recentemente, embora ainda escassos, houve um aumento no número de estudos em que se utilizou a narrativa das próprias crianças na coleta de dados. Neles, constatou-se que elas sabiam nomear sua doença e conheciam sua gravidade; abordavam seus medos perante a doença e as consequências do tratamento; expressavam ansiedade, angústia, culpa, insegurança, impotência; apresentavam sentimentos ambíguos entre a necessidade de dar continuidade ao tratamento e a vontade de não mais passar pelo processo de dor e sofrimento 7,10,[15][16][17][18] . Como profissionais da área da Saúde e pelo convívio por longos anos com crianças portadoras de doenças crônicas e internadas, pudemos observar que desde muito cedo elas têm um potencial para explicitar minunciosamente as características de sua doença, suas dores e os desconfortos provocados pelos tratamentos.…”