O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica caracterizada por atrasos no desenvolvimento e comportamento, impactando ampla e significativamente a vida das crianças e suas famílias. Manifestações sintomáticas gastrointestinais são comuns entre os indivíduos com TEA, evidenciando a relação entre o intestino e o cérebro. O estudo objetiva demonstrar a interação entre a microbiota intestinal e o transtorno e opções de tratamento disponíveis. Portanto, trata-se de uma revisão bibliográfica, em que, foram aplicados o uso de bases de dados eletrônicas: Scientific Electronic Biblioteca Online (SCIELO), PUBMED, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). O período das publicações encontradas foi de 2019-2024. O TEA apresenta uma variedade de sintomas, incluindo problemas gastrointestinais, cuja prevalência é significativamente maior em crianças autistas do que na população em geral. Estudos destacam a influência da microbiota intestinal nesses sintomas, com aumento da presença de certas bactérias em indivíduos com o transtorno. Intervenções como probióticos, prebióticos e transplante de microbiota fecal mostrou melhorias na sintomatologia gastrointestinal e comportamental. Além disso, os achados bibliográficos demonstram que medicamentos como risperidona e aripiprazol são comumente prescritos para controlar sintomas secundários da síndrome. A investigação atual enfatiza a relevância da microbiota intestinal no Transtorno do Espectro Autista (TEA), indicando que intervenções terapêuticas direcionadas ao reequilíbrio dessa microbiota podem trazer benefícios para crianças com autismo. Adicionalmente, certos medicamentos podem auxiliar no controle de sintomas secundários, no entanto, a abordagem mais eficaz é aquela adaptada às necessidades individuais de cada paciente.