Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo, se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda e vê-los sentados e enfi leirados em sala sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem.
Carlos Drummond de Andrade
RESUMOO artigo trata da r elação entre brincadeira e ludicidade e a necessária ressignifi cação do Teatro, nas práticas escolares. Para tanto, argumenta-se sobre a necessária formação do professor na perspectiva brincante. Nesse sentido, fundamenta-se em Kishimoto (2003), Brougère (2000), Vygostky, 2004, Gandhy Piorsk (2016), Spolin (2008, Siqueira (2020), Bandeira Souza (2015), Almeida (2019), a partir dos quais conceitualiza o lúdico, o brincar e a formação do professor brincante. Argumenta-se que pela brincadeira a criança pode fazer experiências que não ousaria na vida comum. O brinquedo possibilita entrada no mundo imaginário, e permite diversas formas de utilização, como também, possibilita a representação do real no momento em que a criança imagina objetos reais, fatos do dia a dia. O brincar torna-se fundamental tanto ao desenvolvimento cognitivo e motor da criança quanto ao emocional. Os sistemas teatrais aliados à ludicidade transformam o teatro em espaço propulsor de novas aprendizagens, pois alia prazer, emoção e representação. Nesse sentido, indica para a necessária formação do educador brincante, na direção de promover vivências lúdicas via teatro desencadeando processo criativo e impulsionador de novas práticas no contexto escolar.